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Europeus apoiam resposta 'clara e forte' a regime sírio

União leva a Alemanha a apoiar declaração similar feita pelos EUA no G20

Bloco, no entanto, quer solução vindo da ONU para o conflito; EUA já disseram que agirão mesmo sem ter aval

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os ministros das Relações Exteriores da UE (União Europeia) fizeram ontem a maior condenação do bloco à Síria desde o ataque químico que os EUA afirmam ter matado 1.429 pessoas, no dia 21 de agosto, nos arredores Damasco.

"Fomos unânimes em condenar nos mais fortes termos esse ataque horrendo", disse a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.

Reunidos em Vilna, capital da Lituânia, os chanceleres repetiram que o regime sírio é culpado porque "é o único que possui agentes químicos e meios de transportá-los em quantidade suficiente", disse Ashton.

"Diante deste cínico uso de armas químicas, a comunidade internacional não pode ficar inerte. Uma resposta clara e forte é crucial para esclarecer que crimes como esses são inaceitáveis e que não haverá impunidade."

O tom da declaração da UE motivou o governo alemão a anunciar que vai assinar o comunicado elaborado anteontem, durante reunião do G20 em São Petersburgo (Rússia), no qual dez países, além dos próprios EUA, apoiavam os "esforços" dos americanos para "reforçar" a proibição do uso de armas químicas.

Dos membros europeus do G20, só a Alemanha não havia assinado o comunicado. O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, disse que Berlim quis esperar por uma posição comum da UE. O país terá eleições gerais no dia 22.

O texto do G20 não fala explicitamente na intervenção militar que os EUA planejam realizar na Síria nos próximos dias, sem um mandato do Conselho de Segurança da ONU --onde a Rússia e a China, ambos com direito a veto, têm impedido ação contra o ditador sírio, Bashar al-Assad, seu aliado.

Tanto que, ontem, mesmo ao anunciar que assinaria o texto, Westerwelle elogiou a França por ter decidido esperar pelo relatório da ONU sobre o ataque químico antes de dar início à operação militar e disse esperar que Washington faça o mesmo.

PRESSA

Presente ao encontro europeu, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse, porém, que os EUA "decidiram não esperar" pela ONU. Mas também disse que levará as preocupações dos colegas europeus a Washington.

Kerry se disse ainda "muito grato" por essa declaração "sobre a necessidade de responsabilizar" os culpados.

Também ontem, o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), liderado pela Arábia Saudita, fez um apelo à comunidade internacional pela intervenção imediata na Síria para "libertar" o povo da "tirania" do regime.

Rebeldes, na maioria sunitas, lutam há mais de dois anos para derrubar Assad, que é alauita (braço do islã xiita). O confronto já matou mais de 100 mil pessoas, de acordo com a ONU.


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