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Atitude de Dilma é 'marketing', diz Aécio

Para oposição, presidente agiu de olho na campanha eleitoral de 2014

Parlamentares da base governista afirmam que Dilma evita ter posição subalterna em relação aos Estados Unidos

GABRIELA GUERREIRO

A oposição criticou a decisão da presidente Dilma Rousseff de cancelar visita de Estado a Washington, em resposta à espionagem americana contra autoridades brasileiras. Lideranças do PSDB e do DEM afirmam que Dilma agiu de forma "eleitoreira" e não preservou interesses econômicos do país.

Provável rival de Dilma nas eleições de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que seria mais "adequado" reclamar diretamente com o presidente Barack Obama, mantendo a viagem.

"Essa decisão não me surpreende, porque é o marketing que vem governando o Brasil há algum tempo. Era a oportunidade da presidente de ter uma agenda afirmativa em defesa dos interesses do país", afirmou Aécio.

O senador disse que o gesto de "valentia" terá poucas "consequências" efetivas, a não ser prejudicar a economia brasileira. "Havia interesses da nossa balança comercial em jogo."

Os oposicionistas dizem que Dilma tomou a decisão aconselhada pelo ex-presidente Lula e pelo seu marqueteiro, João Santana.

Presidente do DEM, o senador José Agripino Maia (RN) afirmou que o cancelamento pode provocar "ruídos", especialmente na área econômica.

Em nota, o diretor-executivo da Amcham (Câmara Americana de Comércio), Gabriel Rico, disse que o ritmo da relação comercial não será afetado, mas há uma "perda de oportunidade para impulsionar os investimentos americanos".

GOVERNISTAS

Para o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), a decisão da presidente é importante para evitar um encontro político contaminado por mal-estar.

O cancelamento, disse Chinaglia, evita que o país seja colocado em situação subalterna. "A relação com cada país tem que ser cultuada bilateralmente", afirmou.

A presidente da CPI da Espionagem do Senado, Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), disse que Dilma poderia ser submetida a um novo "constrangimento".

"Quando ela estava na Rússia, no encontro do G20, foi surpreendida com informações de espionagem na Petrobras. Isso poderia acontecer quando ela estivesse nos EUA", afirmou.


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