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Paquistão anuncia libertação de prisioneiro que liderava Taleban

Soltura de mulá era uma condição para negociação de paz no Afeganistão

DA ASSOCIATED PRESS

O Paquistão anunciou ontem ter libertado o mulá Abdul Ghani Baradar, o mais graduado prisioneiro taleban mantido pelo país, num esforço para ajudar no processo de paz no vizinho Afeganistão. Há dúvidas sobre se isso fará alguma diferença, porém.

O governo afegão exigia a soltura do mulá, ex-vice-líder do Taleban, preso numa operação conjunta com a CIA em Karachi, em 2010. À época de sua detenção, Baradar era considerado o principal estrategista militar do Taleban --há relatos de que era considerado figura próxima ao terrorista Osama bin Laden, então chefe da Al Qaeda.

Sua liberdade era uma condição imposta pelo grupo na longa negociação de um acordo de paz com o governo central afegão.

Com cerca de 50 anos, Baradar foi um dos fundadores do Taleban, ao lado do líder Mulá Omar. Quando o grupo assumiu o poder no Afeganistão, em 1996, ele foi ministro da Defesa do país.

Baradar é considerado alinhado à ala mais moderada e aberta ao diálogo do grupo. Durante os três anos em que esteve preso, porém, o mulá perdeu grande parte de seu prestígio no grupo.

TRATATIVAS DE PAZ

No último ano, o Paquistão já libertou ao menos outros 33 prisioneiros talebans a pedido do Afeganistão. Isso, porém, não levou a avanço algum nas tratativas de paz.

Embora os Estados Unidos estejam ansiosos por um acordo com os talebans antes da retirada de suas tropas do Afeganistão, até o final de 2014, eles eram contra a libertação de Baradar por receio de que possa voltar ao campo de batalha.

Segundo os Estados Unidos, o Paquistão não monitora os prisioneiros libertados.

Os afegãos concordam. Wakil Ahmad Muttawakil, que foi ministro das relações exteriores do Afeganistão durante o regime taleban, recomendou que o Paquistão "permita que ele faça contato com líderes do Taleban, para que ele seja útil à paz no Afeganistão".

O ministro de Relações Exteriores paquistanês, Aizaz Ahmad Chaudhry, não deu detalhes sobre a libertação de Baradar --nem mesmo o nome do local onde o mulá esteve preso.

Baradar será mantido no Paquistão, sob um forte esquema de segurança, disseram autoridades do país sob a condição de anonimato. Poderá, porém, manter encontros com quem quiser.


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