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Volta do Paraguai ao Mercosul segue incerta

Retorno do país ao bloco foi o principal tema da primeira viagem oficial do presidente Horacio Cartes ao Brasil

Sobre Itaipu, líder diz que país só irá negociar quando as coisas forem 'úteis para nós' e se houver 'ganha-ganha'

FLÁVIA FOREQUE TAI NALON DE BRASÍLIA

Apesar do tom elogioso que permeou a primeira visita oficial do presidente paraguaio Horacio Cartes ao Brasil, o retorno do país ao Mercosul, principal tema da viagem, continua sem desfecho.

Enquanto Dilma Rousseff defendeu a importância de os países da região se manterem unidos, Cartes se limitou a agradecer a "preocupação" do Brasil com a questão, sem apontar prazos.

"Que a volta do Paraguai seja [o quanto] antes possível, porque a família está incompleta", disse Cartes no Senado. A expectativa, porém, é que isso ocorra só após a Venezuela deixar a presidência rotativa do bloco, no fim de dezembro.

O Paraguai foi suspenso do Mercosul há pouco mais de um ano, devido ao impeachment-relâmpago de Fernando Lugo. Nesse período, a Venezuela passou a integrar o grupo, à revelia do Senado paraguaio. Para o Brasil, esse já é um episódio superado.

"Reiterei ao presidente Cartes a importância que o Brasil dá à participação do Paraguai no Mercosul", disse Dilma. Ela citou ainda a Venezuela, destacando que, ao integrar "da Patagônia ao Caribe", "a nossa região [ganha] um tecido multilateral muito mais forte".

Indagada se o Paraguai sinalizou com retorno ao bloco, Dilma disse que o país"está no processo deles de retorno". "O Brasil tem todo o interesse nessa volta e também no fato de que nossa relação bilateral, como podem ver, mantemos intacta. Não houve consequência nenhuma".

Cartes ponderou que seu país não entrará em mesas de negociação para perder, uma vez que possui atrativos naturais que o tornam decisivo, referência à usina binacional de Itaipu, cuja energia excedente é vendida ao Brasil.

GANHA-GANHA

Após a eleição, Cartes disse que fará "tudo o que for benéfico" ao Paraguai em relação à usina, indicando disposição em renegociar a dívida de Itaipu e eventual venda do excedente a um terceiro país.

"O Paraguai não quer pedir favores (...) porque crê ter atrativos naturais que Deus e a natureza lhes deram (...) Só quer sentar numa mesa de negociação quando as coisas são úteis para nós, quando há ganha-ganha, win-win'."


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