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Lado argentino atribui doenças à fábrica da UPM

DA ENVIADA A GUALEGUAYCHÚ E FRAY BENTOS

"Você acha que, se fosse uma coisa boa ter uma papeleira em seu país, a UPM não estaria lá na Europa?", pergunta à Folha a argentina Daniela Bourlot, dona de uma cafeteria em Gualeguaychú.

Segundo ela, desde que a fábrica finlandesa começou a operar do outro lado do rio Uruguai, "aumentaram os casos de câncer" e de nascimentos de bebês prematuros. "Mas sei que não existem provas."

Há 15 dias, uma mulher que morou um tempo perto do rio deu à luz uma menina que nasceu com má formação de órgãos e sem um braço. Segundo a mãe, isso aconteceu por causa da contaminação. Um promotor da cidade pediu que se investigue o caso.

No balneário Ñandubaysal, na margem argentina, a reportagem encontrou dez homens fazendo esportes na água. Do outro lado da praia fluvial se avista a fábrica da UPM.

O advogado Fabián Moreno, 45, pratica windsurf ali há 15. Ele diz que antes da UPM não havia tantas "algas tóxicas" na água.

Na uruguaia Fray Bentos, a auxiliar administrativa Veronica, que não quis informar o sobrenome, diz que os argentinos "inventam moda". "Não há contaminação, o olho não arde. O único problema é o cheiro forte de enxofre que às vezes invade a cidade."

Em Arroyo Verde, vilarejo argentino a 15 km da ponte San Martín, uma casa exibe as faixas " Finlândia é culpada" e "Sim à vida, não às papeleiras". O local serviu de bunker para militantes da Assembleia Ambiental de Gualeguaychú, que fecharam a ponte por três anos.

Lá dentro, um pôster lista a "Contribuição da Botnia ao rio Uruguai", com dados de substâncias que seriam jogadas na água.

Hoje, os ativistas e o prefeito de Gualeguaychú, Juan José Bahillo, farão uma caravana até Fray Bentos para entregar uma carta de protesto contra a permissão de aumento da produção da UPM.


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