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País precisa do setor privado, afirma analista

DE PEQUIM

A China precisa realizar reformas econômicas para manter o alto crescimento e reconquistar a confiança da comunidade de negócios internacional, diz James McGregor, consultor radicado no país há mais de duas décadas, onde trabalhou como chefe do escritório do "Wall Street Journal" e executivo da Câmara Americana de Comércio da China.
Leia entrevista à Folha.

Folha - Há condições para que a China faça reformas em temas como empresas estatais, aumento da transparência e Estado de Direito?
James McGregor - Não sei se há um ambiente político para reforma, mas há um cenário econômico para reformas. Se você olhar o Plano Quinquenal e o relatório feito em conjunto com o Banco Mundial neste ano, todos indicam a necessidade de reforma para que a economia avance.
Sem isso, não há como continuar com o alto crescimento. O Estado controla demasiados setores da economia, as estatais são ineficientes. É hora de reacender o setor privado.

Mas essas reformas têm sido propostas há muito tempo. Por que não ocorrem?
É a primeira vez que a China é governada sob uma liderança coletiva. Antes, havia os imperadores e depois Mao Tse-tung, Deng Xiaoping e Jiang Zemin. Mas Hu [Jintao] veio, e havia o Comitê Permanente com nove pessoas, supostamente uma liderança coletiva. Mesmo se Hu e [o premiê] Wen [Jiabao] quisessem reformas, não tinham poder suficiente.

Por que o sr. usa "capitalismo autoritário" em vez de capitalismo de Estado?
Capitalismo de Estado significa que você tem um governo com algumas empresas estatais, talvez bancos, áreas em que empresas privadas podem não ter interesse em investir. A China é um capitalismo autoritário porque é o partido quem indica todos os chefes das grandes estatais. Elas são usadas para coisas incríveis, como construir a infraestrutura, mas o partido também as utiliza para preservar o poder.


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