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Palestina vai pedir reconhecimento da ONU ainda em 2012
Presidente da ANP, Mahmoud Abbas, critica Israel por se opor à medida e atribui a opositores aumento na violência
Líder palestino volta a defender exumação do corpo de Iasser Arafat, cuja morte, em 2004, não foi esclarecida
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou ontem que pedirá à ONU que reconheça o Estado palestino ainda neste ano, elevando o seu status ao de observador (não membro). Abbas também defendeu a exumação do corpo de Iasser Arafat para investigar sua morte, em 2004.
"Iremos à ONU em novembro de 2012, não em 2013, nem em 2014", disse em Ramallah, no aniversário da morte do histórico dirigente palestino.
A Palestina anunciou na quinta um projeto de resolução pelo "direito à autodeterminação" com base nas fronteiras prévias à guerra de 1967, após a qual Israel ocupou territórios. O documento assinala a "urgência em retomar as negociações". Um eventual sucesso permitiria a ilegalização da ocupação.
Os EUA se opõem à demanda -posição reiterada ontem pelo presidente Barack Obama à ANP. Israel também é contra e diz que ela prejudica o processo de paz. Abbas criticou a reação israelense e ligou a recente violência na região a opositores da causa.
Pelo menos seis palestinos morreram em conflitos nas 24 horas após o ataque, no sábado, contra um jipe israelense na fronteira, reivindicado ontem por extremistas.
Ao menos 90 foguetes foram disparados contra Israel. O ministro da Defesa, Ehud Barak, disse que o Hamas, que controla a faixa de Gaza, pagará preço "alto".
EXUMAÇÃO
Abbas disse manter contato com França, Suíça e Rússia para checar acusações, veiculadas pela rede Al Jazeera, de alta presença de polônio, elemento tóxico, nos objetos pessoais de Arafat. Os restos mortais do dirigente serão exumados no dia 26.
