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EUA e Europa negociam zona de livre-comércio

Líder da União Europeia anuncia início das conversas para criação do bloco, com prazo de dois anos para sair do papel

Comércio supera os US$ 2 bilhões por dia; remoção de impostos pode somar US$ 180 bi ao PIB conjunto

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A União Europeia e os EUA anunciaram para o fim deste ano o início das conversas para costurar um dos mais importantes acordos de livre-comércio da história.

O comércio entre Estados Unidos e União Europeia supera os US$ 2 bilhões por dia -o que representa cerca de um terço de todo o fluxo comercial do mundo.

O anúncio foi feito pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, logo após o discurso anual do presidente dos EUA, Barack Obama, ao Congresso, anteontem à noite.

Apesar de as tarifas de comércio entre as duas economias já serem relativamente baixas, a Câmara de Comércio americana calcula que a remoção de todos os impostos pode somar US$ 180 bilhões ao PIB (Produto Interno Bruto) combinado de EUA e UE nos próximos cinco anos.

O tratado também poderia ajudar a manter as duas potências influentes num cenário onde a China se destaca cada vez mais.

Tanto os EUA como a UE desconversam sobre esse ponto que, segundo especialistas, é o grande pano de fundo do acordo.

"Ele dará um impulso para a economia de ambos e não custará nenhum centavo do dinheiro do contribuinte", justificou Barroso, que prevê um crescimento de 0,5% do PIB da União Europeia com o tratado.

Um grupo de trabalho entre líderes dos EUA e da UE existe desde 2011 para discutir perspectivas de um acordo de livre-comércio, que demoraria ainda pelo menos mais dois anos para sair do papel.

Há vários pontos comerciais divergentes entre as duas economias. A começar pelos subsídios que os governos concedem a empresas e a certos produtos locais para fomentar a exportação.

DIVERGÊNCIAS

Uma batalha é a que envolve as fabricantes de aviões Boeing (Estados Unidos) e Airbus (França).

Outra divergência seria quanto à comercialização de alimentos, já que os europeus têm resistência a produtos geneticamente modificados ou ao uso de hormônios em animais de abate -prática aceitável por consumidores e difundida por produtores americanos.

Num esforço para construir uma confiança mútua, Bruxelas já fez algumas concessões a Washington, aceitando recentemente o uso de ácido láctico para limpar carcaças de carnes.

As negociações devem contar com o apoio de grupos empresariais, que já colocaram lobistas para trabalhar. Ambientalistas, no entanto, poderão ser um grande obstáculo para o acordo.

O desejo de liberalização do comércio bilateral em ambos os lados do Atlântico reflete, de certa forma, o fracasso das negociações para um acordo global na OMC (Organização Mundial do Comércio), lançadas há 11 anos.


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