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Promotores agem para evitar lei que limita poder de investigação

Ministério Público paulista se alia a PSDB e prepara proposta alternativa a texto de deputado estadual

Com aval de tucanos, novo projeto cria regras contra abusos em apurações de crimes de improbidade

DANIELA LIMA MARIO CESAR CARVALHO FLÁVIO FERREIRA DE SÃO PAULO

Na tentativa de evitar a aprovação de lei que limita o poder de investigação de promotores contra políticos, a cúpula do Ministério Público de São Paulo, a associação paulista de promotores e o PSDB negociam a apresentação de um projeto alternativo, que cria regras para conter abusos da instituição nas apurações sobre autoridades.

A iniciativa é uma resposta à proposta de emenda constitucional (PEC) do deputado estadual Campos Machado (PTB), que concentra no procurador-geral de Justiça as investigações de improbidade contra políticos.

Ao centralizar as apurações no chefe do Ministério Público --hoje elas são feitas por promotores de todo o Estado--, o projeto do deputado estadual diminui a autonomia da classe e poderia resultar no acúmulo de processos.

A PEC do petebista tem ganhado apoio na Assembleia. O mesmo fenômeno ocorre no Congresso, onde tramita a PEC 37, que acaba com o poder de investigação da instituição na área criminal e deve ser votada no dia 26.

Em São Paulo, líderes de diversos partidos passaram a pregar que a PEC de Machado fosse votada antes, para servir de exemplo ao Congresso.

Temendo a aprovação do projeto, o PSDB conseguiu adiar a votação para agosto. Os tucanos não querem que a gestão de Geraldo Alckmin fique com essa marca.

Dentro do roteiro para criar alternativa à proposta do petebista, o deputado estadual Carlos Bezerra, líder do PSDB, entregará hoje, às 10h30, ao presidente da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), Felipe Locke, ofício em que solicita que o Ministério Público elabore um projeto de lei que "modernize mecanismos internos".

Locke, por sua vez, levará o documento a Márcio Elias Rosa, procurador-geral.

O protocolo foi estipulado para não melindrar nem deputados nem promotores. De um lado, a Assembleia se abriria ao diálogo; do outro, promotores aceitariam rever seus procedimentos.

PRAZOS

Entre as possibilidades em estudo estão estabelecer prazos nas investigações para evitar uso eleitoral e a criação de uma ouvidoria externa.

"Somos a favor da Justiça com responsabilidade. Queremos o aprimoramento para conter eventuais desvios", diz Bezerra. "Nosso intuito é estreitar o diálogo. Legislativo e Ministério Público devem trabalhar juntos, e nosso desejo é o de sempre aprimorar a instituição", afirma Locke.

Via assessoria, o procurador-geral disse que "está aberto ao diálogo e espera conhecer o posicionamento dos líderes da Assembleia".


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