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Papa prepara surpresa para encontro com jovens infratores

DIANA BRITO DO RIO

Na manhã da próxima sexta-feira, duas meninas e sete garotos brasileiros, com idade de 16 a 18 anos, ficarão cara a cara com o papa Francisco. São jovens infratores escolhidos pela Arquidiocese do Rio para um encontro reservado, a pedido do Vaticano.

Eles contaram que não vão se confessar. Querem conversar com o papa e fazer perguntas. Com as mãos para trás, olhar desconfiado e sorriso acanhado, seis deles disseram à Folha acreditar que a reunião pode mudar suas vidas.

"Na hora, vai ser um bagulho maneiro. É uma expectativa diferente porque é o papa, uma santidade. É uma oportunidade imensa que muda a visão, o jeito de pensar", disse um adolescente de 16 anos, apreendido por latrocínio.

Condenados por diferentes crimes, eles cumprem penas em instituições socioeducativas. A maioria é de regiões carentes. Uma das jovens, de 18 anos, prepara escultura de são Francisco de Assis em cerâmica para entregar ao papa.

Apreendida por tráfico de drogas, diz que o encontro pode mudar a sua vida. "Gosto de escrever e vou fazer uma poesia para ele sobre o mundo e a importância dele aqui."

O grupo se preparou para discutir com o papa "o abandono na infância" e contar um pouco da biografia de cada um. Dizem que o encontro --no Palácio São Joaquim, sede da arquidiocese, na Glória, zona sul-- faz com que reflitam sobre o que fizeram.

A arquidiocese queria 12 jovens, o Vaticano sugeriu cinco, mas acabaram sendo nove os selecionados. O principal critério de escolha foi a frequência no grupo religioso, depois o bom comportamento, equilibrado, não violento.

Roma avisou que esse é um dos encontros mais desejados pelo papa. E que ele prepara uma surpresa.


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