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Diretor da Cesp cai após divergência com governo
Posição sobre concessão desagrada a secretário
O diretor financeiro e de relações com investidores da Cesp, Vicente K. Okazaki, renunciou ontem ao cargo. O atual presidente, Mauro Arce, acumulará as funções.
O diretor que deixou a companhia era considerado homem de confiança de Arce. A reportagem da Folha tentou ouvir o presidente da Cesp, mas sem sucesso.
Okazaki foi o executivo que assinou o comunicado enviado à CVM no dia 5 a partir do qual revelava a disposição da Cesp em questionar judicialmente os critérios da renovação definidos pelo governo federal na MP 579.
A medida provisória reduz os encargos sobre a energia elétrica e prorroga as concessões, em troca de uma diminuição nas tarifas.
A Folha apurou que a iniciativa de Okazaki desagradou ao Palácio dos Bandeirantes. O secretário de Energia paulista, José Aníbal, disse ontem que o comunicado da Cesp não refletia a atual posição do governo.
"Não que essa [judicialização] não possa ser uma opção, mas não é agora. Foi desautorizado." Segundo ele, o comunicado teria sido enviado à revelia do atual presidente da Cesp. Fontes na empresa atribuem a essa desautorização a saída de Okazaki.
