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Construtoras são as maiores doadoras da Câmara de SP

Setor arcou com 27% do total doado por empresas a vereadores eleitos

Metade dos candidatos que conseguiram uma vaga receberam de empreiteiras ou do setor imobiliário

PAULO GAMA DE SÃO PAULO

As empresas do setor da construção civil e do mercado imobiliário foram as que mais doaram diretamente aos vereadores eleitos à Câmara Municipal de São Paulo.

Ao menos 59 empresas dos dois ramos investiram pouco mais de R$ 5,1 milhões, o que corresponde a 27% de tudo o que foi doado aos eleitos diretamente por empresas.

No total, as campanhas arrecadaram R$ 46,8 milhões, mas a maior parte disso -R$ 27,8 milhões- foi repassada pelos partidos políticos, o que impede a identificação do doador original.

A líder dos repasses no setor é a construtora OAS, que doou R$ 600 mil a cinco candidatos de três partidos. O que mais recebeu foi Paulo Reis, do PT, que ficou com um terço do investimento.

Também receberam da OAS os petistas Antonio Donato e José Américo, coordenadores da campanha de Fernando Haddad (PT) à prefeitura, com R$ 100 mil cada, o tucano Andrea Matarazzo, também R$ 100 mil, e o presidente da Câmara, Police Neto (PSD), a mesma quantia.

Em 2012, a empresa recebeu R$ 62,1 milhões de contratos com a prefeitura, segundo o portal da transparência municipal.

No total, as doações das empresas são pulverizadas: atingem 28 candidatos de nove partidos diferentes.

As informações sobre o financiamento das campanhas foram entregues pelos candidatos à Justiça Eleitoral e começaram a ser publicadas nesta semana. Até ontem, o Tribunal Superior Eleitoral já havia disponibilizado informação sobre a campanha de 49 dos 55 vereadores eleitos.

Proporcionalmente os que mais receberam doações foram Marta Costa (PSD) e Souza Santos (PSD), que tiveram mais da metade da campanha bancada pelo setor. Procurados, Santos não respondeu, e Costa disse não ver conflito de interesses entre as doações e sua atuação na Câmara.

Em 2013, os vereadores discutirão um tema sensível ao setor: o novo Plano Diretor, norma que orienta o desenvolvimento urbano por mais de uma década. Além disso, passa pela Câmara a regulamentação das operações urbanas, que envolvem construção de obras viárias.

Ao menos dois candidatos declararam doações de empresas do setor médico: Donato recebeu R$ 250 mil do Hospital 9 de Julho. Paulo Frange (PTB), que é médico, recebeu R$ 165 mil de quatro empresas, entre elas a Unimed, que doou R$ 50 mil.


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