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Ayres Britto cobra reajuste em despedida

DE BRASÍLIA

Com um discurso emocionado e repleto de citações filosóficas em seu último dia na presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto cobrou ontem reajuste para o Judiciário.

"No Judiciário, é inconcebível a desordem e não é tratado remuneratoriamente à altura da superlatividade de seu papel", afirmou.

Ele se aposenta ao completar 70 anos, no domingo, deixando o comando do Supremo e do CNJ. Hoje ele comandará a última sessão no STF.

Pelo segundo ano consecutivo, o Executivo e o Judiciário travam um embate em torno de aumento para os ministros e a categoria.

O Planalto não incluiu a previsão na proposta de Orçamento enviada ao Congresso Nacional, que deve ser votada no final do ano.

O ministro Luiz Fux determinou que o Congresso inclua na proposta aumento de 7,12% para o Judiciário, que teria impacto de R$ 285 milhões.

Ayres Britto saiu em defesa do reajuste afirmando que não se deve comparar o custo da Justiça no Brasil com outros países onde o custo de vida é mais baixo.

O presidente do Supremo ainda listou processos aprovados pelo CNJ ou pelo Supremo, como o fim do nepotismo, para sustentar que o Judiciário está "transformando o país" e que as decisões estão "quebrando paradigmas ultrapassados".

Ontem, ele também mandou, indiretamente, um recado aos seus substitutos: Joaquim Barbosa, que assume no dia 22 a presidência do Supremo, e Ricardo Lewandowski, que chega à vice.

Os dois travaram diversos embates duros no julgamento do Supremo. "Conciliação é a palavra em um colegiado", disse. "Derramamento de bílis não combina com a produção de neurônios."


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