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Chalita arrecadou só R$ 1.245 em doações via cartão de crédito

DE SÃO PAULO

Anunciado com alarde pela equipe de Gabriel Chalita, o sistema que permitiu doações à campanha peemedebista via cartão de crédito recolheu somente R$ 1.245 para o candidato derrotado no primeiro turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo.

O peemedebista recebeu ao todo 38 contribuições pelo sistema. Entre os doadores estão ao menos três auxiliares que trabalham em seu gabinete de deputado federal: Carmem Vale, Cristina Cordeiro e Vilbia Caetano.

Também contribuiu Luciana de Toledo Temer Castelo Branco, filha do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Cada uma destinou R$ 15 ao candidato.

Durante a campanha, a equipe de Chalita chegou a estimar o custo da implantação do sistema em R$ 190 mil.

O modelo é inspirado no que foi adotado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, na campanha que o elegeu em 2008. Há quatro anos, o democrata conseguiu US$ 400 milhões com pequenas contribuições on-line.

O prejuízo do peemedebista não ficou apenas nas doações via internet. Segundo a prestação de contas divulgada ontem pela Justiça Eleitoral, a campanha recebeu doações de R$ 11,7 milhões, mas declarou despesas de R$ 20 milhões - o que representa um deficit de R$ 8,3 milhões.

O valor arrecadado corresponde a 17% do que Chalita informou como teto de arrecadação da sua campanha. A campanha de Celso Russomanno (PRB), que teve os dados publicados na sexta, custou cerca de R$ 6 milhões.

Os dois candidatos que chegaram ao segundo turno, Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), só devem ter seus dados publicados pela Justiça no final do mês.

Logo após o final do segundo turno, no entanto, o vereador Chico Macena, tesoureiro da campanha de Haddad, adiantou que a dívida petista deve ser de R$ 20 milhões.

DOAÇÕES OCULTAS

Dos recursos que Chalita recebeu, 97% foram repassados pelo próprio PMDB, o que impossibilita conhecer o doador original do dinheiro.

A prática, conhecida como doação oculta, não é ilegal. Ela é adotada por empresas que não querem se associar diretamente ao candidato.

A direção nacional da sigla doou a Chalita R$ 10,2 milhões, a estadual, outros R$ 500 mil, e o comitê financeiro dos vereadores do partido lhe transferiu serviços estimados em R$ 800 mil.

Entre as empresas que aparecem como doadoras estão a construtora OAS, que investiu R$ 200 mil, e o banco Itaú, que aplicou outros R$ 75 mil.


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