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Em crise, hospital-escola ganha 'fôlego'

Unidade de São Carlos terá verba da prefeitura para remédios em julho, mas diz que situação financeira é crítica

Reitor da UFSCar diz que será divulgado um manifesto em defesa do curso de medicina, de mais verba e de diálogo

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Após ameaçar paralisar as atividades a partir de segunda-feira, a diretoria do Hospital-Escola de São Carlos informou ontem que a unidade continuará em funcionamento, graças a uma verba que bancará custos de medicamentos no próximo mês.

Apesar disso, a situação financeira é considerada crítica e a possibilidade de fechamento ainda existe.

O diretor-executivo do hospital, Sérgio Luiz Brasileiro Lopes, disse que a prefeitura anunciou que vai arcar com os custos de remédios em julho, o que dará um "fôlego".

Apesar do aporte, ele afirmou que o hospital passa por dificuldades financeiras.

Segundo ele, a prefeitura, além de atrasar repasses de verbas, também não pede ao Ministério da Saúde uma suplementação para o hospital, que já teria sido autorizada pelo próprio ministro, Alexandre Padilha.

"Temos vários fornecedores cobrando o que é de direito. São quase R$ 250 mil [em pagamentos atrasados] e não sabemos o que fazer", afirmou Lopes.

O local é usado para aulas práticas da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). O reitor da instituição, Targino de Araújo Filho, também fez críticas ao prefeito Paulo Altomani (PSDB) que, segundo ele, pretende instalar um AME (Ambulatório Médico de Especialistas) num setor do hospital.

O reitor afirmou que a medida prejudicará os estudantes do curso de medicina porque ocuparia o local onde será instalada a UTI, o centro cirúrgico, a central de materiais e a unidade de diagnósticos (laboratoriais e de anatomia patológica).

"Vamos divulgar um manifesto em defesa do curso de medicina pedindo que o município solicite a federalização do hospital, peça o aumento de recursos já autorizado, regularize os repasses municipais e abra o diálogo com a UFSCar."

Segundo Lopes, o hospital faz 310 atendimentos por dia. Não há, conforme ele, atraso no pagamento dos 140 profissionais. A Folha não conseguiu localizar representantes da Prefeitura de São Carlos ontem à noite.


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