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Ex-chefe da Zoonoses não votava em Ribeirão, diz vice

Marinho Sampaio afirma que demitiu Ana Lúcia Baldan porque gosta do trabalho da atual chefe, Stefania, 'bióloga de carreira'

LUIS FERNANDO WILTEMBURG COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Apesar de negar a existência de fisiologismo no governo, o vice-prefeito de Ribeirão Preto, Marinho Sampaio (PMDB), afirmou que demitiu a ex-chefe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) Ana Lúcia Baldan do cargo porque gosta do trabalho da atual chefe, Stefania Dallas Garcia de Brito Almeida.

Ele disse não ter nada contra a profissional que demitiu e sequer a conhece. E acrescentou: "Parece que ela mora em Matão, não é nem de Ribeirão, não tem título eleitoral em Ribeirão".

À época da demissão, Ana Lúcia afirmou que foi convidada para o cargo pela vereadora Viviane Alexandre (PPS), que é ligada a movimentos de defesa dos animais, e que foi demitida por não promover a parlamentar na repartição pública.

A exoneração deflagrou briga com o secretário da Saúde, Stenio Miranda, que foi contrário à demissão.

Marinho negou interferência da parlamentar na demissão de Ana Lúcia e disse que, caso Miranda colocasse o cargo à sua disposição, ele avaliaria outros nomes para a pasta. Leia, a seguir, trechos da entrevista à Folha.

Folha - A demissão de Ana Lúcia foi a pedido da vereadora?

Marinho Sampaio - Não tem nenhum pedido. Vereador não tem cargo.

Tudo bem, mas existem pedidos e indicações.

Mas não teve nada de pedido de vereador. Foi uma questão minha de governo de colocar a Stefania, que é uma funcionária de carreira da Secretaria do Planejamento. É bióloga e tem 20 anos de carreira [na prefeitura, no setor administrativo], mesmo a contragosto de alguns. Nem conheço a Baldan, não fui eu quem a contratou.

Mas ela foi nomeada a pedido da vereadora?

Não sei se foi a vereadora que pediu, no início, para a Baldan ir para lá [CCZ]. Naquele momento, não tive pressão, nem pedido de ninguém. Quis escolher a Stefania para ser a diretora da Zoonoses porque é uma bióloga, de carreira.

A Baldan não conheço, parece que ela mora em Matão, não é nem de Ribeirão, não tem título eleitoral em Ribeirão. Não por isso, também, mas foi que eu quis colocar, naquele momento, a Stefania. E a prefeita retornou e não quis voltar atrás.

O senhor disse que não conhecia a Ana Lúcia, mas conhecia o trabalho da Stefania como bióloga? Porque, na prefeitura, ela era administrativa.

Conheço o trabalho como funcionária de modo geral.

Mas não como bióloga?

Não, ela não exercia o cargo de bióloga, senão ela poderia estar no bosque. Ela está fazendo um bom trabalho dentro da Zoonoses hoje.

Mas foi uma decisão de governo. Não tenho nada contra a moça, nem a conheço. Foi uma questão que, naquele momento em que eu estava [como prefeito], eu preferi trocar. Como poderia trocar até o secretário da Saúde. Como o secretário do Governo, da Casa Civil, qualquer outro.

Você desistiu de trocar o secretário da Saúde na época por quê?

Não teve conversa de trocar. Ele tinha sim, há um tempo, vontade de sair. Outra coisa: amanhã, se quero sair da Infraestrutura, tenho que ter ou a prefeita ter nomes que precisam assumir.

Naquele momento em que eu estive, com toda a pressão de mídia, imprensa, da saúde, se ele colocasse o cargo à disposição, é claro que a gente iria analisar substituir ou não. Em outros momentos ele colocou o cargo à disposição, sim, e a prefeita não aceitou. Comigo ele não fez isso.

E se ele tivesse colocado o cargo à sua disposição?

Iria pensar, entendeu? Mesmo dentro de um período curto, ia analisar. Saiu na mídia que eu tinha conversado com dois ou três que poderiam ser secretários. Tenho um monte de nomes que podem ser secretário da Saúde, do Governo ou da Infra.


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