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Aeroporto de São Carlos não deve se internacionalizar
Avaliação é da Receita Federal de SP, diante do atual volume de exportações da região
A Receita Federal emitiu parecer contrário à internacionalização para o transporte de cargas do aeroporto Mário Pereira Lopes, em São Carlos, o que, na prática, paralisa o processo.
A internacionalização é defendida pela Prefeitura de São Carlos e pela TAM, que opera uma unidade de manutenção na cidade.
A avaliação da Receita foi comunicada ao Daesp (Departamento Aeroviário de São Paulo) no último dia 31.
Segundo o Daesp, após a resposta da Receita, outros órgãos que avaliariam o pedido, como Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), não se pronunciarão.
Segundo o superintendente-adjunto da Receita em São Paulo, Marcos Fernando de Siqueira, o pedido foi negado pois o volume das exportações das empresas da região não justificaria o investimento na abertura do posto alfandegário.
Siqueira cita ainda que a internacionalização do aeroporto de Ribeirão já foi autorizada --a obra do terminal está na fase de conclusão.
"O volume da região [de São Carlos] não é tão alto que demande a internacionalização [do aeroporto], e não é uma logística favorável ter aeroportos alfandegados próximos", diz Siqueira.
A prefeitura, via assessoria, diz que continuará negociando com o Estado para obter a internacionalização. Um dos argumentos é que a própria internacionalização aumentaria o fluxo comercial do aeroporto.
Segundo a TAM, o novo status do aeroporto aumentaria a competitividade da unidade de manutenção e poderia desenvolver a microrregião como um polo de serviços aeronáuticos.