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Ribeirão

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Falta de campo público e custo 'afugentam' adeptos

DE RIBEIRÃO PRETO

A falta de campos públicos no Brasil, como há em outros países, e os poucos e caros clubes de golfe são alguns dos motivos que alimentam o estigma de um esporte elitista, além de "afugentar" atletas, segundo as entidades.

Argentina e EUA, por exemplo, são alguns dos paí-ses que possuem campo público para a prática do golfe.

"Não vou mentir, é um esporte caro. É difícil se tornar popular porque não há campos públicos", afirma Carlos Gonzalez, do Damha Golf Club, em São Carlos.

Para Paulo Pacheco, da CBG, a situação obriga o cidadão comum a ser sócio de um clube de golfe, cuja mensalidade pode variar de R$ 350 a R$ 2.000, fora os custos com equipamentos.

"Com o advento das Olimpíadas, queremos mexer com a mídia e obter mais patrocínios para o golfe", disse.

Já para o vice-presidente técnico da federação paulista, Durval Pedroso da Silva Junior, a questão não se encerra na carência de espaços públicos abertos. Há campos menores de clubes, diz, que cobram R$ 60 para um não associado jogar uma partida.

"O problema é que uma partida só pode custar uma taxa de R$ 300. Se tivesse taxas mais baratas, seria melhor. O tênis é assim: você não vê quadras públicas, mas o aluguel [das particulares] não é tão caro", disse.

Uma estratégia para baratear os custos, de acordo com ele, é criar uma política educacional que forme mais atletas, a partir das crianças.

"Nossos jogadores estão velhos. O golfe no Brasil precisa de uma revolução de baixo para cima", disse Silva Junior, que é filho de um ex-carregador de tacos que se tornou jogador de golfe profissional nos anos 1940.

A história se repete com a nova geração. Em São Carlos, Marcos Negrini, 15, começou a jogar aos dez. Seu pai é o encarregado do campo do Damha, cuidado por seu tio.

As aulas gratuitas no clube o aproximaram do esporte -o local já formou cerca de 200 crianças. Com a ajuda dos associados, Marcos é hoje líder do ranking brasileiro pré-juvenil e treina quatro vezes na semana, por pelo menos três horas por dia.

Ele sonha longe: estuda inglês para tentar uma vaga em uma universidade no exterior e, como tantos jovens estrangeiros, continuar a jogar.

"Quero chegar às Olimpíadas, acho que ainda não na de 2016, mas na próxima."


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