O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) disse nesta sexta-feira (5) ser contra "a suspensão pura e simples" da chamada "regra de ouro" –que limita a capacidade da União de inchar dívidas e despesas públicas emitindo dívida em volume superior a investimentos.
A fala do ministro e possível pré-candidato à Presidência colide com uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para suspender temporariamente essas rédeas nos gastos públicos, urdida nas entranhas do próprio governo para o qual ele capitaneia a equipe econômica.
De autoria do deputado Pedro Paulo (MDB-RJ), a PEC é vista como manobra para evitar que Michel Temer e o presidente eleito em 2018 sejam acusados de crime de responsabilidade.
Após participar de um evento da igreja evangélica Sara Nossa Terra, que dedicou uma "oração para o Brasil" ao ministro, Meirelles disse que não gosta nem aprova a sugestão parlamentar de paralisar por alguns anos a norma constitucional.
"Acho é que precisamos criar mecanismos autorreguláveis: se houver quebra da regra de ouro, que isso seja imediatamente ajustado cortando despesas, subsídios, congelando gastos, de forma que a regra seja seguida."
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.