Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/12/2011 - 14h10

Desequilíbrio federativo foi pouco debatido na campanha do Pará

Publicidade

DE SÃO PAULO

Cerca de 4,6 milhões de eleitores paraenses vão às urnas neste domingo (11) decidir se o Pará deve se desmembrar e dar origem aos Estados de Tapajós (oeste do atual Estado) e Carajás (sul). Este será o primeiro plebiscito para decidir sobre a criação de novos Estados no país.

No Pará, regiões separatistas vivem clima de derrota
Divisão do Pará não é solução, diz governador
Plebiscito expõe diferenças culturais entre regiões do Pará
Divisão do Pará é rejeitada por mais de 60%, diz Datafolha

Pesquisas recentes apontaram que a maioria da população é contrária à divisão.

Os grupos favoráveis à criação dos novos Estados defenderam a ideia de que teriam maior acesso ao controle de impostos recolhidos em suas áreas, além de ter acesso direto aos repasses federais ao Estado.

Os contrários alegaram que ocorreria um grande impacto no Tesouro Nacional, com um déficit das contas públicas federais. Além disso, afirmavam que a criação de novos estados ampliaria o desmatamento em áreas virgens.

Para André Martin, livre-docente em Geografia Política da USP (Universidade de São Paulo), um dos grandes impactos --que, segundo ele, foi pouco discutido-foi o desequilíbrio na representatividade política.

André Martin

Estima-se que a criação de Carajás e Tapajós daria à região 12 novos deputados e faria com que 11 Estados perdessem cadeiras na Câmara. Já no Senado, a bancada do Norte ganharia seis senadores e ficaria com o mesmo tamanho da Nordestina e o triplo das vagas da região Sul.

"Ocorreria o crescimento da representação no Congresso de áreas menos povoadas e menos desenvolvidas dos país. Haveria um desequilíbrio federativo", ressalta Martin.

Editoria de Arte/Folhapress
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página