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30/01/2012 - 07h23

Ronaldo Lemos: Após Sopa, discurso sobre pirataria ganha tom comercial

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DE SÃO PAULO

O que fazer quando um debate naufraga perante a opinião pública? Chame os marketeiros e mude o tom da discussão. Foi o que aconteceu com o aquecimento global (global warming) transformado em "mudança climática" (climate change), bem mais neutro. Ou no debate em torno da criação do imposto sobre heranças nos EUA (estate tax).

Quando o assunto apertou, os opositores passaram a chamá-lo de "imposto da morte" (death tax), demarcando território.

A mesma estratégia está sendo usada agora após a primeira batalha perdida pelo Sopa e o Pipa. Os termos "pirataria" e "propriedade intelectual" estão sendo limados do debate. Não funcionaram e despertaram reações da sociedade global, temerosa de que a internet seja censurada. Por isso, estão sendo substituídos por novos termos: "contrabando", "contrafação" e "práticas comerciais desleais".

A ideia é transformar o debate em tema comercial, como afirma Ronaldo Lemos em sua coluna da "Ilustrada" desta segunda.

Isso ficou claro, de acordo com Lemos, no discurso de Barack Obama no Congresso na semana passada, quando o presidente disse que não era correto outros países deixarem que filmes, música e software sejam pirateados.

"Estou anunciando nesta noite a criação de uma Unidade de Observância Comercial, que irá investigar práticas comerciais desleais em países como a China. Haverá mais inspeções contra mercadorias contrabadeadas ou inseguras", disse o presidente.

Ronaldo Lemos

 

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