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23/07/2012 - 10h04

Ronaldo Lemos: Tecnologia marca presença na Documenta de Kassel

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DE SÃO PAULO

A tecnologia está no ar. Não só em no Emoção Artificial ou no File, mostras em São Paulo, mas também na Documenta de Kassel, evento que faz o balanço da arte contemporânea a cada cinco anos.

Em Kassel, a tecnologia é mote para levantar problemas éticos, estéticos, políticos e econômicos. Ora com otimismo, ora com horror às mudanças sociais que provoca.

Por exemplo, a obra de Janet Cardiff usa um singelo iPod touch para criar uma "realidade aumentada". O público caminha pela estação de trem em companhia do aparelho e assiste a um vídeo que perturba sua percepção.

Ouça

Até a física quântica ganhou status de arte. Aparatos como lasers, espectogramas e outros objetos foram trazidos para o museu. Não como relíquia, mas funcionando. O público vê os experimentos e se lembra de que são um caminho para entender o universo, onde arte e religião se encontram.

A brasileira Renata Lucas também usou tecnologia. Fez sua costumeira intervenção arquitetônica e espalhou câmeras pela cidade, espiando pessoas e lugares e interferindo nas imagens.

Mas o destaque foi Tino Sehgal, artista avesso à tecnologia. Ele retira qualquer registro de suas obras da internet. São feitas para se guardar em um único lugar: a memória. Ao criar "situações", mergulha o público em um jogo humano, impossível de réplica artificial. Sua obra faz um contraste solitário com o vórtice tecnológico que envolve tudo. Até a arte.

 

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