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30/07/2010 - 10h47

"Até hoje me chamam de Rafael Pilha", diz ex-Polegar

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MELINA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O cantor Rafael Ilha, 37, ficou conhecido por integrar o grupo Polegar no fim dos anos 1980. Nos últimos dez anos, no entanto, a maioria das menções ao seu nome estão relacionadas a passagens pela polícia, tentativas de suicídio e envolvimento com drogas.

Arquivo Pessoal
Rafael Ilha afirma não se importar com os apelidos herdados em decorrência do uso de drogas
Rafael Ilha afirma não se importar com os apelidos herdados em decorrência do uso de drogas

Por conta desse passado, citado por ele como "doloroso e agitado", surgiu a ideia de escrever um livro, que será roteirizado pela apresentadora Sonia Abrão --a quem diz sentir um amor fraternal.

A cinebiografia "Um Anjo no Inferno" vai ser dirigida pelo irmão da apresentadora, Elias Abrão e contará com as narrativas do próprio Rafael e de sua mãe, Silvia Vieira.

"Sou obrigado a rever muitas feridas. Às vezes é muito difícil narrá-las", afirma. Nestes momentos, Ilha conta com o apoio de sua psicóloga.

Rafael Ilha

VERACIDADE

Rafael Ilha afirma que seu filme não o poupará em nenhum momento. "Gosto muito de 'Meu Nome Não é Johnny' [de Mauro Lima, 2008], mas ele não mostra a real viagem da cocaína. A viagem da cocaína é de alucinação, depressão e o filme não mostra isso. Meu filme vai mostrar a realidade que eu vivi", afirma.

ESTIGMA

O cantor diz não se importar com os comentários das pessoas em relação ao seu passado. "Alguma pessoas ainda fazem brincadeiras, falam 'Rafael Pilha' ou me chamam de drogado.

O apelido refere-se ao episódio ocorrido em 2000, quando ele chegou a ingerir pilhas e isqueiros para fugir de uma clínica de recuperação.

"Uma hora vão esquecer", diz. "As pessoas conscientes sabem que a dependência de drogas é uma doença e necessita de tratamento".

Para manter-se longe das drogas e da depressão, Ilha frequenta semanalmente uma psicóloga e um psiquiatra. Ele também toma diariamente medicamentos para dormir e para controlar o humor.

FUTURO

Ao falar sobre seus sonhos, Rafael limita-se ao seu presente. Com a voz embargada, o artista conta que deseja continuar sendo feliz como diz ser hoje.

 

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