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05/08/2010 - 15h03

Maria Inês Dolci: Água no frango incrementa lucro em detrimento do consumidor

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DE SÃO PAULO

O Ministério da Agricultura proibiu três empresas de venderem carne de frango in natura congelada e resfriada. Em fiscalização, o órgão constatou que os produtos da Rigor Alimentos Ltda, da BRF (Brasil Foods) e da Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) tinham água acima do permitido pela legislação.

Por lei, carcaças e cortes de aves podem ter no máximo 6% de água depois de descongeladas. A medida afeta uma fábrica da BRF em Santa Catarina, onde são fabricados produtos da Perdigão, uma unidade da Copacol no Paraná e uma da Rigor em São Paulo.

A colunista e blogueira da Folha.com, Maria Inês Dolci, aprova a decisão do Ministério da Agricultura e afirma neste podcast que é fácil enganar o consumidor. "A água pode ficar empoçada na bandeja de isopor ou camuflada na bandeja de plástico." Ouça.

Maria Inês Dolci

Dolci diz que é preciso estar atento a outros produtos como o camarão, em que a água também ajuda a incrementar o lucro das empresas, em detrimento do consumidor.

A Rigor Alimentos Ltda, a BRF (Brasil Foods) e a Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) serão agora submetidas ao regime especial de fiscalização, que determina análise de todo o estoque de frango antes da liberação para o comércio, que só ocorrerá depois que comprovarem a correção da irregularidade.

Se o consumidor detectar excesso de água na carne de ave congelada, pode denunciar o problema na ouvidoria do Ministério da Agricultura, pelo telefone 0800 7041995.

OUTRO LADO

O diretor administrativo-financeiro da Rigor Alimentos Ltda, Carlos Lima, negou que a empresa comercialize produtos com água acima do permitido pela legislação. Ele disse que as análises não constataram o excesso e que a produção não foi interrompida após a fiscalização inicial do Ministério da Agricultura, em 15 de julho deste ano.

A BRF (Brasil Foods) e a Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) também negaram irregularidades em seus produtos. Em notas oficiais, ambas contestaram as avaliações divulgadas pelo Ministério da Agricultura.

A Copacol, com sede em Cafelândia (PR), informou que nas vistorias realizadas entre 21 de julho e 4 de agosto "não foram constatadas irregularidades nas amostras das análises realizadas com relação à quantidade de água resultante do descongelamento dos produtos".

No comunicado enviado à imprensa, a BRF anunciou que apresentou recurso junto ao ministério para contestar o resultado da análise.

 

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