Em Moçambique, Lula muda o tom sobre falhas no Enem; ouça correspondente

Do dia que chegou à África, segunda-feira (8), até partir para Seul (Coreia do Sul), hoje, o presidente Lula foi mudando gradualmente o tom das declarações sobre os problemas ocorridos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no fim de semana passado, relata Simone Iglesias, da Folha enviada a Maputo (Moçambique).

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Ao chegar ao país, Lula disse que os problemas eram localizados e que nada afetaria a excelência do sistema de classificação criado por seu governo. Na véspera da viagem ao continente africano, ele chamou o ministro da Educação, Fernando Haddad, no Palácio da Alvorada, para pedir explicações e que ficasse no Brasil para tratar do assunto.

Mas com a descoberta ao longo dos dias de mais e mais problemas, como erros de impressão e falhas na segurança do concurso, Lula admitiu nesta quarta feira que se preciso o governo vai fazer mais uma, duas ou três provas. Tudo para evitar que os alunos sejam mais uma vez prejudicados, como aconteceu no ano passado.

O presidente disse que apesar dos problemas, o Enem é um avanço para o país e que na realização do vestibular também há falhas. "Segundo ele, com o tempo e com a prática na realização do exame, o governo vai aperfeiçoando o modelo", diz a repórter.

Simone Iglesias