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18/11/2010 - 11h58

Médica brasileira no Haiti relata dificuldade para combater a cólera; ouça

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FABIO RODRIGUES
DE SÃO PAULO

Uma das maiores dificuldades para combater a epidemia de cólera no Haiti é chegar às pessoas que necessitam de tratamento. Há muitos acampamentos espalhados e o acesso a eles é complicado, disse à Folha Tais Rodrigues Lara, médica especializada em cuidados intensivos do Hospital Israelita Albert Einstein, que está no país como voluntária.

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Segundo a médica, o trânsito na região é caótico. Percorrer uma distância que, em média duraria uma hora, leva-se quase um dia inteiro para ir e voltar. "Para chegar suprimentos é muito mais difícil. A logística de distribuição é o que mais dificulta. Doações e voluntários a gente vê que tem bastante", relata.

Tais Rodrigues Lara

Ao menos 1.110 pessoas já morreram e outras 18.382 estão internadas devido à epidemia, segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde do Haiti.

De acordo com a médica, a falta de saneamento contribui para a proliferação da doença. No Haiti, devastado pelo terremoto de janeiro, há cerca de 1,3 milhão de pessoas vivendo em tendas, não há coleta de lixo ou rede de água e esgoto.

"O comércio é feito nas calçadas, os alimentos são vendidos sem nenhuma conservação ou método de higiene e isso facilita muito a disseminação de qualquer doença, e a cólera é uma delas", relata a médica.

O surto de cólera ultrapassou a fronteira do país e chegou aos Estados Unidos. Segundo a imprensa local, uma mulher moradora do Condado de Collier, no Estado da Flórida, foi hospitalizada ao retornar de uma viagem ao Haiti com sintomas da doença.

Ontem, a ONU (Organização das Nações Unidas) suspendeu suas operações de ajuda no norte do Haiti devido aos protestos violentos na região.

Os haitianaos culpam os funcionários da organização pela epidemia de cólera no país e organizaram protestos em cidades como Hinche e Cap Haitien.

 

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