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08/12/2010 - 12h39

Aumento na renda dos brasileiros explica inflação dos alimentos, dizem economistas

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FABIO RODRIGUES
DE SÃO PAULO

O alimentos mais uma vez foram os principais vilões da inflação. Os itens desse grupo registraram alta de 2,22% dentro do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que subiu 0,83% no mês de novembro, o maior avanço desde abril de 2005. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Há três motivos para esta alta, explica Alcides Leite, professor de mercado financeiro da Trevisan Escola de Negócios. "Muitos dos alimentos são commodities e esse item tem tido uma elevação de preço no mundo inteiro. Isto impacta também aqui", diz.

Alcides Leite

O segundo ponto, continua o economista, é que há um maior consumo. Com a renda em alta, cresce a procura e a oferta não acompanha o mesmo ritmo. Terceiro, o período de festas de fim de ano reforçam esse cenário.

"Acredito que os alimentos vão mudar de patamar e de preço no mundo. Mas o impacto daqui para frente na inflação vai ser menor porque o reposicionamento de preço já se deu e ele não vai continuar subindo indefinidamente", avalia Leite.

Claudemir Galvani, professor do departamento de Economia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), concorda e diz que a situação tende a se estabilizar.

"No momento temos um acréscimo de renda. O primeiro reflexo disso é no alimento. A pessoa que comia mal, agora come melhor. No médio prazo a oferta vai tentar se equilibrar e esse aumento inflacionário não deve se repetir", afirma o professor.

Claudemir Galvani

Galvani avalia ainda que o impacto da inflação sobre a política monetária brasileira será um dos principais assuntos a ser tratado pelo novo governo.

"Eles já estão dando sinais de que o crédito deverá ser alterado não com o aumento da taxa de juros direta, mas com redução do número de parcelas", declara o economista.

 

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