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03/02/2011 - 12h54

Imprensa vira alvo de manifestantes no Egito; ouça relato

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DO ENVIADO ESPECIAL AO CAIRO

Os conflitos entre manifestantes pró e contra o ditador Hosni Mubarak chegaram à porta do hotel Hilton, onde havia jornalistas estrangeiros hospedados. Pela primeira vez, a imprensa virou alvo, relata o enviado especial da Folha ao Cairo, Samy Adghirni.

Segundo o jornalista, ninguém conseguia dormir devido ao clima tenso, que aumentava com o barulho dos tiros de metralhadoras e explosões.

"Da varanda do meu quarto vi gente sendo linchada, tanques se movimentando para tentar afastar as pessoas, mas sem conseguir", conta o repórter.

Hoje cedo a situação se complicou ainda mais. Jornalistas foram agredidos e insultados por manifestantes. Temendo o pior, Adghirni resolveu deixar o hotel junto com outros repórteres. Ao tomarem um táxi, foram parados na primeira esquina por militares e agentes do governo à paisana, que não falavam bem em inglês.

"Eles revistaram as nossas bolsas, olharam nossos documentos e acabaram confiscando uma fita cassete que eu tinha com uma entrevista importante para o jornal. Tentei argumentar, mas em vão. Felizmente eles deixaram o laptop e um telefone alternativo que eu mantinha. Foi um momento bastante tenso", relata Adghirni.

Samy Adghirni

Mortos

Apoiadores do ditador Hosni Mubarak abriram fogo contra opositores do regime e mataram ao menos cinco na madrugada desta quinta-feira na praça Tahrir, no centro do Cairo.

O governo negou envolvimento na violência, apesar das acusações de que há policiais a paisana entre os manifestantes pró-governo. As vítimas elevam para dez o saldo de mortos, além de mais de 1.500 feridos nos confrontos dos últimos dois dias em Tahrir.

 

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