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24/03/2011 - 14h32

Importados mais caros dificultam controle da inflação; ouça

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DE SÃO PAULO

A crise mundial de 2008 provocou uma queda global de preços que contribuiu para controlar a inflação no Brasil nos últimos dois anos, comenta Mariana Schreiber, repórter de Poder da Folha.

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No entanto, com a recuperação dos países desenvolvidos, principalmente dos Estados Unidos, e também com o forte crescimento dos emergentes, como China e Brasil, houve uma recuperação dos preços dos produtos comercializados internacionalmente, diz a jornalista.

"O raciocínio é simples: quando tem mais gente querendo comprar, as coisas ficam mais caras. O resultado disso é que os itens importados pelo Brasil sobem de preço desde outubro. Isso vale tanto para commodities --aqueles insumos básicos como petróleo, minério e soja--, como para produtos industrializados, como calçados, roupas, veículos e eletrônicos.

O governo está atento a esse movimento. A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, têm inclusive usado esse fenômeno para justificar a alta da inflação no Brasil.

Eles avaliam que a valorização das commodities provocou o encarecimento pontual dos alimentos, e que essa pressão inflacionária tende a perder força nos próximos meses. Para Dilma e Mantega, não é o excesso de consumo, aqui no Brasil, que está empurrando a inflação para cima.

A maioria dos economistas discorda. Até porque os dados do IBGE mostram que os serviços --como dentista, advogado, profissionais de limpeza-- estão cada vez mais caros no Brasil. E isso não está relacionado à demanda global.

"É um reflexo, na verdade, do aumento da renda dos brasileiros. Existem portanto dois problemas: o governo tem que segurar a demanda doméstica, num cenário em que o mercado externo está colocando mais lenha na fogueira inflacionária", comenta Schreiber no áudio a seguir.

Mariana Schreiber

 

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