Pelo menos 64 refugiados morreram em um naufrágio neste fim de semana no Mediterrâneo, na costa da Líbia, afirmaram grupos humanitários nesta segunda-feira (8). Este seria o primeiro naufrágio do ano na rota.
Foram resgatados do bote de borracha 86 pessoas no sábado, e oito corpos, todos de mulheres, foram recuperados. Porém, segundo relatos de sobreviventes, o bote levava 150 pessoas, com muitos desaparecendo em meio às ondas.
"Entre eles estavam muitas crianças que acreditamos terem se afogado no mar", afirmou Médicos sem Fronteira no Twitter. "Entre os sobreviventes estava uma criança de três anos de idade que perdeu a mãe e chegou sozinha, e uma família que tinha onze pessoas e agora tem três", acrescentou.
A Guarda Costeira da Itália afirmou que o bote foi avistado no sábado pela manhã por um avião que patrulhava a área como parte da operação europeia anti-contrabando de pessoas. Resgatistas acreditam que o bote sofreu uma perfuração e se esvaziou.
Esses botes normalmente são lotados de migrantes por contrabandistas da Líbia e não têm condições de aguentar uma travessia pelo mar Mediterrâneo.
A Organização Internacional de Migração (OIM) estima que 2.832 pessoas morreram no ano passado tentando chegar à Itália do Norte da África – havia sido 4.581 em 2016. Chegaram vivas à Itália 119.310 pessoas em 2017, contra 181.436 no ano anterior.
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