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28/06/2010 - 21h42

Piora estado de saúde de dissidente cubano em greve de fome

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O estado de saúde do dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há mais de quatro meses, piorou nos últimos dias dias por causa de uma nova infecção, um possível coágulo sanguíneo e uma afecção hepática, disseram nesta segunda-feira fontes médicas e da família.

Ismel Iglesias, um dos médicos que atendeu o opositor desde que começou a greve, disse que o estado de Fariñas é "crítico" devido a complicações causadas por uma infecção e um possível coágulo, que obrigou a retirada de um catéter que administrava alimentação parental.

"Seu estado geral é ruim. Se o coágulo aumentar, ele pode ter um derrame e morrer."

Jornalista independente e psicólogo de 48 anos, Fariñas começou a greve de fome em 24 de fevereiro, após a morte do preso Orlando Zapata, pedindo ao governo cubano a libertação de 26 presos políticos doentes.

Desde 11 de março, ele está em uma sala de terapia no hospital da cidade de Santa Clara, a 270 km a oeste de Havana.

Segundo o médico, Fariñas será submetido a exames para determinar se tem mesmo um coágulo, com risco de trombose. Segundo o médico, neste momento "não há um diagnóstico preciso".

Oposicionistas calculam que existam cerca de 200 presos políticos no país. Havana os considera mercenários que agem sob comando dos Estados Unidos.

Avanços

Tradicionalmente, a Igreja Católica tem se mantido cautelosa nas relações com o governo comunista de Cuba desde a década de 1990. O cenário mudou em maio passado, quando o cardeal de Havana, Jaime Ortega, interveio em um impasse entre o governo e as Damas de Branco --mulheres e viúvas de ativistas presos em 2003.

Após uma conversa com o dirigente máximo cubano, Raúl Castro, Ortega e outros líderes eclesiásticos saíram otimistas sobre a intenção do governo de fazer concessões. As transferências começaram em 1º de junho. No dia 12, seis detentos foram levados a novas prisões perto de suas casas e foi libertado Ariel Sigler, 44.

Um dos integrantes do grupo de 75 ativistas presos e condenados em 2003, após uma ação de repressão contra dissidentes do regime, Sigler --que tem paralisia nas pernas-- cumpria uma pena de 25 anos por traição.

 

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