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05/09/2009 - 10h44

Educação, Palocci, São Paulo, depressão

da Folha Online

Educação

"Hoje demorei exatamente 2 aulas para verificar a tarefa de casa de uma turma do primeiro ano do Ensino Médio. Havia 49 alunos na lista e 47 alunos presentes. A verificação da tarefa ainda foi feita de forma 'rápida' pois é impossível fazer uma correção individual (como deve ser feito) nesse espaço de tempo com essa quantidade de aluno. Infelizmente o governo do Estado e prefeitura (que bancam a instituição de ensino) pensam em custos, portanto tal projeto vai requerer a construção de mais escolas e a contratação de mais professores, o que é visto como custo e não investimento."

IVAN CLAUDIO GUEDES, professor (Guarulhos, SP)

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"A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal aprovou em 2/8 a proposta que limita o número de alunos por professor e nas salas de aulas do ensino infantil, básico e fundamental. O projeto estabelece que, aos alunos do 6º ao 9º ano, as salas de aulas poderão abrigar até 35 alunos; e, para os alunos do ensino fundamental, 1º ao 5º ano, ficou limitado a 25 estudantes. A medida parece ser boa; apresentará melhores condições de ensino, tanto para os alunos como para os professores. Resta-nos aguardar para ver se esta lei pegará; e para o bem do Brasil ficaremos torcendo que seja um grande sucesso; pois o que está faltando aos brasileiros é melhoria na educação, coisa que não interessa muito aos políticos."

BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)

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Palocci

"Quanto à decisão do STF de livrar o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci de responder a processo criminal pela quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, nada a comentar, até porque assim decidiram, por maioria, os integrantes da corte. E decisão final judicial não se discute, cumpre-se. Todavia, o que causou espanto foi a declaração do ministro Marco Aurélio Mello de que 'a corda acabou estourando do lado mais fraco, como sempre'. Contrário senso, o lado mais forte está sempre em vantagem numa disputa judicial. Com tal declaração, o ministro disse, quase que explicitamente, que a Justiça brasileira é parcial. Ora, se na Justiça brasileira a corda estoura do lado mais fraco, como sempre, que raio de 'justiça' é essa? O recado não poderia ser mais explícito: 'Se você, cidadão honesto, pretende duelar judicialmente com alguém, seja cuidadoso antes de ajuizar qualquer tipo de ação. Procure saber, por exemplo se o seu 'ex adverso' não é um político rico, um empresário famoso ou qualquer que seja essa pessoa, se ela não é, de qualquer modo, ligada ao sujo, imundo poder político brasileiro. Se tal pessoa se encaixa num desses perfís, você saberá de antemão que a corda haverá de estourar do seu lado. Você, simplesmente, já perdeu a ação'. Assim adiantou o ministro Marco Aurélio Mello. Senhor ministro, como é que ficam os juízes de primeiro e segundo graus ouvindo uma declaração dessas? Sentir-se-ão livres, leves e soltos para, descaradamente, julgarem ao arrepio da lei, favorecendo o mais forte na relação processual. Sim, porque e pode até não ser essa a opinião do Supremo Tribunal Federal, como um todo, mas um de seus integrantes assim pensa e o disse em público. É lamentável e, por que não dizer, triste ouvir de um ministro da mais alta corte de Justiça brasileira, que a Justiça brasileira é parcial, pois sempre permite que os poderosos estejam acima da lei quando levam em conta, ao proferir uma decisão, não os fatos em si, não o que, de fato, existe nos autos do processo, mas as condições sociais, econômicas e o status das partes envolvidas, permitindo que a 'corda estoure do lado mais fraco, sempre'. Isso é fazer justiça?
Não, senhor ministro, Fazer justiça é dizer o direito, não importa a quem, mas tão somente a quem tem o direito. Deprimente essa 'justiça à brasileira'."

ELIAS FERREIRA DA SILVA (São José dos Campos, SP)

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São Paulo

"O prefeito da capital paulista anuncia redução do trabalho de limpeza pública, sob a alegação de diminuição da arrecadação financeira. É preocupante a notícia, na medida que pode trazer muitos transtornos numa área tão sensível. Por outro lado, os deputados estaduais governistas aprovam mudanças que por certo vão prejudicar que procura o atendimento do SUS. Que já não apresenta condições adequadas, num setor da maior importância. Cabem então duas indagações. Da parte do prefeito ele precisa explicar como falta dinheiro e ao mesmo tempo sua verba de publicidade quase dobrou em comparação com o ano anterior. E, da parte do governador, está programado o uso de quase R$ 700 mil mensais para encaminhar para a residência de milhares de eleitores um material de caráter nitidamente propagandístico, com elogios ao trabalho que não é mais do que uma obrigação de qualquer governante. Por coincidência estamos num período pré-eleitoral e ambos vão ter participação decisiva nesse processo. E quem leva a pior mais uma vez é o contribuinte. Os setores de fiscalização vão ter de apurar esses procedimentos."

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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Depressão

"Estudos da OMS indicam que a depressão será a principal doença em 2030, atingindo centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo nos países em desenvolvimento. É um dado sério, triste e que traz reflexões sobre os caminhos que estão sendo trilhados pela humanidade. Que mundo é esse em que a depressão passa a ser um sério e grave caso de saúde pública, atingindo milhões de pessoas? Um sistema econômico, político e social que produz depressão em massa está condenado e precisa ser revisto com urgência. O ser humano nasceu para brilhar, ser feliz e não para a melancolia."

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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Hino

"Ao aproximar-se o dia da independência do Brasil, é necessário dizer que a composição do hino nacional pode até ser bela e emotiva, no entanto a maioria dos brasileiros não compreende o que significa palavras como impávido colosso, margens plácidas, brado, fulgidos, garrida, lábaro, fulguras, florão, clava e retumbante. E para mostrar mais a insensibilidade social das elites da época com o povo, escreveram na bandeira 'ordem e progresso', sendo que naquele instante mais de 70% dos brasileiros não sabiam ler e nem escrever. Ou seja, a desigualdade e a exclusão educacional brasileira também se materializam na bandeira e no hino nacional. Mesmo porque atualmente ainda temos milhões de analfabetos. E a maioria dos que leem não decifra vários trechos do hino nacional."

PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

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Violência

"A propósito da matéria 'Guarda suspeito de atirar foi expulso da PM' (Folha, 02/9, Cotidiano, pág. C3), lembro que durante o regime militar era comum o soldado expulso das Forças Armadas ser incluído nas PM, por ter o 'perfil' considerado adequado à época, do sujeito que poderia ser um 'cana dura', isto é, vocacionado para o combate ao 'inimigo interno', qual viking (hoje seria pit bull) que ataca e destrói. Agora não mais se admite isso, pois todas as instituições policiais sérias preveem durante o concurso a fase de investigação social, a qual poderia ter sido feita pela GCM de São Caetano do Sul. Às vésperas do dia da guarda civil (3 de setembro), um guarda municipal coloca em risco o desejo dessas corporações de se tornarem polícias municipais. Nada justifica a perseguição por parte da guarda municipal e, raramente, por parte de outras instituições de segurança (aliás o perseguido não foi alcançado), diante de resultado como esse, a morte de uma inocente. Menos ainda se justificam tiroteios (ou 'troca de tiros') ou balas 'perdidas' em vias públicas. Polícias de qualidade --guardas idem-- não fazem tiroteios, atiram cirurgicamente quando necessário ou adotam o 'commodus discessus', em benefício da proteção da população, adotando meios de inteligência e investigação posterior para responsabilização do eventual infrator. Treinamento neles!"

CLAUDIONOR ROCHA, consultor legislativo da Câmara dos Deputados, Área 17 - Segurança Pública e Defesa Nacional (Brasília, DF)

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Anatel

"Sobre a resposta da assessoria da Anatel (Sr. Lauro Rutkowski), de que : 'Sobre o decodificador do ponto extra, a Anatel esclarece que as operadoras devem oferecê-lo ao usuário em diversas modalidades (comodato locação ou venda)', a minha operadora me informou que só oferece locação. Então pergunto: devem ou podem oferecer?"

WASHINGTON DA COSTA BICALHO (Hortolândia, SP)

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CSS

"Com a queda da arrecadação em decorrência da 'marolinha' e dos problemas na equipe da Receita Federal, o governo tem se empenhado cada vez mais em restabelecer a famigerada CPMF, agora com um nova denominação, CSS (Contribuição Social para a Saúde). Alegando que a alíquota será menor que a anterior, apenas 0,1% sobre a movimentação financeira e que a verba seria integralmente aplicada para a saúde. Já vimos este filme e não gostamos. Todos sabemos que a verba arrecadada será desviada para outros fins e a alíquota será facilmente aumentada de acordo com os desejos governistas. Precisamos ficar atentos e pressionar congressistas para que não aprovem esta roubalheira!"

ANTONIO CARLOS PEREIRA (Batatais, SP)

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Saúde

"Ao ler o artigo escrito pelo sr. Paulo Hoff (Folha, 2/9) constatamos uma dura realidade, em que os custos de assistência médica aumentam exponencialmente, sem que haja um aumento comparável nos meios de financiamento deste sistema. Em seu artigo o autor coloca que 'o SUS acaba subsidiando o tratamento para outras fontes pagadoras, ou seja, um Robin Hood às avessas'. Devemos ter muito cuidado ao analisarmos tal afirmação pois a Constituição de 1988 coloca que 'a saúde é direito de todos e dever do Estado', sendo assim, pode-se inferir que um cidadão que paga seus impostos e tem o direito constitucional de utilizar o SUS deve financiar este sistema novamente só porque tem um plano de saúde. Aliás essa ideia não é nenhuma novidade, pois desde a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar em 2000 é previsto que o SUS deve ser ressarcido pela operadoras de plano de saúde se seus usuários vierem a acessar o sistema público. Será que o fato de uma pessoa pagar o plano de saúde faz com que ela deixe de ser uma cidadã brasileira? Essas mesmas pessoas serão obrigadas a pagar duas vezes para utilizarem o sistema, pois já pagam seus impostos e os custos de seus atendimento pelo SUS serão repassados de sua operadora para o seu próprio bolso? Não acho errado os serviços públicos serem mais uma opção de serviço disponível aos clientes de operadoras de saúde, mas cidadãos brasileiros pagarem duas vezes pelo mesmo serviço não é a maneira mais justa de montar o quebra-cabeça."

GUSTAVO DE CARVALHO DUARTE, médico (Campinas, SP)

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"Lendo o editorial da Folha do último domingo ('Propaganda para crianças', 30/08), não pude me conter. Mais uma vez o jornal se posiciona contra a suposta 'intervenção' do Estado em questões de que lhe é competência legítima, já que o que está em jogo é a saúde da população. Ademais, a proibição de alguns tipos de publicidade voltada a crianças nos meios de comunicação é imperativo, sobretudo na TV, pois as emissoras são concessões públicas. Preocupa-me o medo absurdo que a Folha propaga de um possível retorno à ditadura sempre que o Estado se propõe a regular questões de interesse geral. Mas as consequências que advêm da sua omissão são os gastos extratosféricos em saúde curativa no país com diabéticos, obesos, hipertensos e outras vítimas da alimentação inadequada. Acreditar que as empresas comerciais, no caso gigantes transnacionais do ramo alimentício, são preocupadas e comprometidas naturalmente com a saúde do consumidor brasileiro é acreditar em Papai Noel."

CARLOS EDUARDO DE SANTI, médico veterinário, chefe da Vigilância Sanitária de Foz do Iguaçu (Foz do Iguaçu, PR)

 
 

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