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MEC aguarda aval da Justiça para divulgar gabarito do Enem
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LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que vai aguardar o aval da Justiça Federal do Ceará para divulgar às 18h o gabarito das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). "A juíza deverá se posicionar até o fim da tarde", afirmou Haddad, após uma reunião na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
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Por contas dos problemas da aplicação do Enem, no último fim de semana, a Justiça Federal do Ceará determinou na segunda-feira a suspensão do exame em todo país, acatando um pedido de liminar (decisão provisória) feito pelo Ministério Público Federal. A DPU (Defensoria Pública da União) recomendou ao MEC a anulação do primeiro dia de provas.
No sábado, primeiro dia de prova, parte dos exemplares saiu com folhas repetidas ou erradas. Nem todos os alunos conseguiram trocar a prova de imediato. Já no cabeçalho da folha de respostas recebida por todos os alunos, o espaço para o gabarito das questões de ciências da natureza estava incorretamente identificado como ciências humanas.
O ministro confirmou que irá ao Senado na próxima semana para falar sobre o Enem. Ele voltou a dizer que não há necessidade de aplicar a prova de sábado para todos os 3,4 milhões de estudantes. Para Haddad, o sistema do Enem permite que apenas os alunos prejudicados façam uma nova prova, com o mesmo nível de dificuldade da anterior.
OAB
O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, afirmou que a maior preocupação agora é que seja mantido o princípio da igualdade no processo. Após receber o ministro, Cavalcante disse que uma comissão da OAB irá analisar informações do Ministério da Educação sobre como funciona o sistema do Enem.
"Uma prova tradicional jamais permitiria esse tipo de solução [reaplicar um novo exame para apenas parte dos estudantes]. Este modelo do Enem talvez permita, é o que vamos verificar", disse. "Seria precipitado pedir a anulação da prova agora", completou.
O presidente da OAB afirmou que ninguém fará "apologia ao caos" se for possível a reaplicação da prova apenas para os alunos prejudicados, desde que o exame tenha o mesmo grau de dificuldade do anterior.
Cavalcante disse que o MEC está agindo com transparência no caso, mas criticou as falhas no exame. "Há de haver mais rigor, maior controle das provas", disse. "Os fiscais precisam ser mais bem preparados", complementou.
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