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12/07/2010 - 10h35

Ele usa a cidade como galeria

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ADRIANA KÜCHLER
COLUNISTA DA REVISTA sãopaulo

Eduardo Srur, 36, responde a um inquérito por ato obsceno, difamação e danos materiais, mas merece estar nestas páginas, e não nas policiais. Ele foi denunciado por colocar dois touros para "cruzar" com as vacas da Cow Parade, em março passado --sem autorização.

Patricia Stavis/Folhapress
O artista Eduardo Srur, responsável por projetos de intervenção, fotografado no terraço de seu estúdio
O artista Eduardo Srur, responsável por projetos de intervenção, fotografado no terraço de seu estúdio

O artista começou a intervir no cenário paulistano em 2004 com o "Acampamento dos Anjos" (barracas de camping fixadas na fachada de um prédio da avenida Dr. Arnaldo). Desde então, colocou garrafas PET gigantes no rio Tietê e vestiu estátuas com coletes salva-vidas.

Galerias, ele não frequenta há um tempo. "Procuro meus próprios espaços expositivos. São Paulo, com seus vácuos e problemas, é um excelente laboratório de pesquisa."

Outra experiência "policial" de Srur aconteceu quando ele pôs uma âncora ao lado do Monumento às Bandeiras. "Quando fui tirar a âncora de lá, a polícia não deixou. Disseram que fazia parte da obra e que eu seria preso se a levasse."

A gaveta do artista guarda uma pilha de outras invencionices. Ele apresenta algumas aqui:

1. Escoras no Masp
"Fiz em 2007, quando o museu passava por uma crise institucional. A ideia era me apropriar da arquitetura do Masp pra mostrar que ele estava ruindo. A instituição não se sustenta, então o artista põe a escora."

2. Garrafas PET na Guarapiranga
"Queria deslocar a intervenção urbana pra uma área que nunca receberia um trabalho desses porque o sistema de arte é elitista. As PETs não tratam só da conscientização ambiental, mas também da reciclagem e da democratização da arte."

3. Bote com artista no lago do Ibirapuera
"A ideia é remar até o meio do lago, o que é proibido, e ver quanto tempo demora pra alguém me tirar de lá. Mostra o artista como um sobrevivente, solitário, remando, tentando sair do sistema, que vai lá e acaba por resgatá-lo."

4. Bicicletas na Estação da Luz
"A proposta é ocupar toda a claraboia com cem bicicletas voadoras. A obra quer levantar o olhar do espectador pra algo novo. Mas as bicicletas paradas também falam de mobilidade e de um possível colapso do transporte na cidade."

FESTA 3D
O duo belga de electro Vive la Fête vai aproveitar a turnê brasileira, na primeira semana de agosto, para gravar um clipe em 3D, em São Paulo. As imagens serão captadas no show, que rola no dia 5, no Comitê Club, e, no dia seguinte, pela cidade. O paulistano Fabiano Liporoni vai dirigir o clipe e recebeu cinco músicas da dupla fashionista para avaliar. "Vamos gravar as imagens já em 3D, em vez de deixar o efeito para a pós-produção, como a maioria tem feito", explica Fabiano. O VLF se apresenta ainda em Belo Horizonte e Porto Alegre.

A COPA É NOSSA
Às vésperas de o foco do mundo futebolístico se deslocar da África do Sul para o Brasil, 47% dos brasileiros acham que o país já está se preparando bem para receber o Mundial de 2014 --39% acreditam que não. Segundo pesquisa feita pela Fecomércio-RJ em nove regiões metropolitanas, incluindo SP, 51% da população acredita que a Copa vai trazer benefícios para as suas cidades.

FICA A DICA
A Galeria Mundo Mix, filhote fixo do evento Mercado Mundo Mix, na rua Augusta, reabre na quinta-feira (15), para convidados, e na sexta, para o público. Além das 40 marcas que vendem objetos de moda, arte e design, o espaço reformulado terá uma extensão da galeria Mezanino, com curadoria de Renato de Cara, um "corner" da Casa de Criadores, com peças de novos estilistas, e o "Fica a Dica", local onde "um formador de opinião fará uma venda especial do seu lifestyle".

GINGADO
A empresária Ana Maria Diniz, filha de Abilio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, abre no dia 28, com as sócias, Claudia Pirani e Heloisa Gouvêa, um espaço dedicado às aulas de dança, perto do parque Ibirapuera. Entre as novidades do Anacã Corpo e Movimento, estão a modalidade walk dance, que se baseia "no ato simples de andar e promete tornar o gingado acessível a todos", e a "sala private", para os tímidos perderem a vergonha de se soltarem.

QUANTO CUSTA...
Um drinque na Augusta? Numa das ruas mais democráticas da cidade, onde bares e clubes pipocam a cada mês, uma cerveja pode custar até R$ 18 e um uísque, de R$ 7 a R$ 80.

 

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