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"A feiura da poluição é inspiradora", diz cineasta de "Bróder"
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FLAVIA MARTIN
DE SÃO PAULO
Jeferson De, 42, nasceu em Taubaté, interior paulista, e veio para São Paulo estudar cinema na USP.
Corintiano, ele conta que já viveu em quase todas as regiões da cidade, menos na zona leste, reduto do time. Atualmente mora na Bela Vista, no centro, e diz que é frequentador assíduo da zona sul. "Se você colocar os preconceitos de lado, dá para se sentir em casa na Oscar Freire ou no bar do Zé Batidão [na Chácara Santana], onde acontece o sarau da Cooperifa."
O cineasta está concentrado no lançamento de "Bróder", longa que chegou às salas na quinta-feira (21).
No filme, três amigos de infância se reencontram no Capão Redondo, na zona sul, para matar as saudades.
Jefferson Coppola/Folhapress |
Diretor de "Bróder", Jeferson De nasceu em Taubaté, interior de SP, e morou em quase todas as regiões da capital |
sãopaulo - Quem é o paulistano mais "bróder"?
Jeferson De - Um bom exemplo é o senador Eduardo Suplicy [PT-SP], que traz em si a dimensão da cidade, seja cantando Racionais MC's no Senado, seja em sua luta incansável pela distribuição de renda. Ele tem o respeito das pessoas mais diversas e dos lugares mais distantes da cidade.
E o menos "bróder"?
Prefiro não nomear apenas uma, mas pessoas que compactuam política e ideologicamente com o deputado Jair Bolsonaro [PP-RJ] são um bom exemplo.
O que é mais excludente por aqui?
O transporte paulistano. Quem precisa se locomover diariamente tem um desgaste físico e emocional intenso.
Onde em São Paulo rende a melhor fotografia?
Uma "plongée" [tipo de enquadramento do cinema], ou seja, lá de cima. Nada mais inspirador do que aterrissar em São Paulo num fim de tarde, observando a feiura da camada de poluição que nos cobre.
Qual o episódio da cidade que merece um filme?
A parada LGBT merece documentários e filmes de ficção que demonstrem a grandeza visual e a capacidade de São Paulo em ser diversa.
Onde há problemas de continuidade?
A presença de neonazismo, dos skinheads, do ódio aos gays, aos negros e aos nordestinos. Outro dia, vi até preto neonazista!
Como foi a exibição de "Bróder" no Festival de Berlim?
O que mais me chamou a atenção foi o fato de São Paulo não estar presente visualmente na Europa. Quando falava que era do Brasil, logo os espectadores e a crítica lembravam da Amazônia, da Bahia e, obviamente, da beleza do Rio de Janeiro. Foi uma grande surpresa para muitos exibir essa cidade numa das imagens aéreas do filme.
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