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07/06/2011 - 17h20

Sócio da boate The Week abre casa para público "refinado"

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RAFAEL BALSEMÃO
DE SÃO PAULO

André Almada, principal sócio da megaboate The Week, não para. Aos 38 anos, o empresário abriu uma nova casa noturna, a The Society. A balada fica num casarão "de um artista boêmio da elite aristocrática do século 19" do Baixo Augusta, decorado com lustres, móveis de época e cortinas de veludo.

"Faltava um lugar para tomar um drinque durante a semana", diz.

Natural de Birigui (518 km de SP), Almada é hoje um dos grandes nomes da cena gay brasileira, com projetos no Rio e em Florianópolis. Desembarcou na cidade em 1990, aos 17 anos, e acompanhou a noite como baladeiro até abrir a The Week em 2004.

*

Qual é a sua primeira lembrança de São Paulo?
Sempre soube que aqui era a minha cidade. Quando eu tinha 12, 13 anos, vinha passar férias escolares na casa da minha tia, no Jabaquara, e adorava essa coisa de andar pela avenida Paulista, sentir a cidade fervilhando. Era um lugar onde eu poderia ser eu mesmo.

Maria do Carmo/Folhapress
André Almada
André Almada

Como foi o começo na noite?
Eu conheci o trio Cesar Semensato, Daniel Almeida e Fran Bodzevicius, do Projeto DanceArte, nos anos 1990. Eles eram referência na noite e me levaram a lugares como Nepal, Senhora Kravitz, Ursa Maior, Twiggy, Columbia, Hells e todos os clubes gays que abriram antes da The Week. Eu tinha aquela ânsia de conhecer pessoas diferentes e interessantes.

Hoje, você é muito procurado por gente querendo ser VIP. Você também ia atrás da entrada gratuita?
Eu nunca paguei para entrar em lugar nenhum, mesmo na época em que eu era um anônimo. Conheci as pessoas certas, que comandavam a noite. Eu não sei o que é pegar fila. Fui muito mal acostumado. Posso dizer que sempre fui VIP.

Qual é o segredo para manter a The Week lotada?
É estar sempre renovando a boate. A pior coisa do mundo é chegar a um lugar e ver que ele tem cara de decadente.

Por que abrir uma casa nova?
Ao longo de dez anos de noite, o público mudou. Pessoas que frequentavam a The Week há sete anos não têm mais esse perfil de "baladão". O gosto delas se refinou. Faltava um lugar aconchegante. Senti essa demanda do mercado. Já estou com 38, não sou mais um jovenzinho que gosta de ir a qualquer lugar.

A The Society é um local intimista, sofisticado, para tomar um drinque depois do jantar, ouvindo um som bacana. É um projeto especial, planejado. Não foi como na época da The Week, quando peguei um galpão e precariamente abri a boate. Eram outros tempos.

 

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