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PF cumpre mandado de busca e apreensão na usina de Angra 1 no RJ

Operação investiga vazamento radioativo ocorrido em setembro de 2022

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São Paulo

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na Usina Nuclear de Angra 1 na manhã desta quinta-feira (11), em Angra dos Reis (RJ). A ação da PF faz parte das investigações que apuram um vazamento de água contaminada com resíduos nucleares ocorrido em setembro de 2022.

À época, o vazamento de material radioativo no mar da baía de Itaorna, em Angra dos Reis, só foi comunicado pela Eletronuclear ao Ibama e à CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) 21 dias após o caso.

Usinas nucleares ao lado do mar
Usinas Angra 2 (à esquerda) e Angra 1 (à direita); os reatores, onde a energia nuclear é gerada, ficam dentro das estruturas brancas - Divulgação/Eletronuclear

A Delegacia de Polícia Federal de Angra dos Reis abriu dois inquéritos que buscam esclarecer supostas condutas omissivas na comunicação dos eventos, bem como crimes ambientais.

A Eletronuclear confirmou que recebeu os agentes da PF nesta manhã e que vem fornecendo informações e os detalhes sobre o vazamento aos investigadores. Em nota, a companhia garantiu a resolução das causas do vazamento.

"A empresa reitera que o incidente foi encerrado e não existem áreas impróprias nem risco de agravamento da situação. Além disso, o evento não ocasionou nenhum tipo de prejuízo às pessoas ou ao meio ambiente, conclusão referendada pelos próprios órgãos licenciadores (Ibama e CNEN)", diz o comunicado.

Na ocasião, a empresa afirmou que o material representava "um pequeno volume de água contendo substâncias de baixo teor de radioatividade". Também disse que a quantidade estava "abaixo dos limites da legislação que caracterizam a ocorrência de um acidente" e, por isso, "tratou o evento como incidente operacional e informou o assunto nos relatórios regulares previstos".

Em março deste ano, a companhia teve de realizar uma avaliação completa dos danos causados pelo acidente, após determinação da Justiça Federal.

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro entrou com uma ação civil pública em que questiona a postura da empresa e aponta tentativa de a Eletronuclear esconder o vazamento.

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