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Biden autoriza novas explorações de petróleo no Golfo do México

Três zonas de perfuração ganharão licença, quantidade mais baixa da história, diz governo diante de críticas de ambientalistas

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AFP

O governo de Joe Biden anunciou, nesta sexta-feira (29), que entregará em breve as permissões de exploração de petróleo e gás no Golfo do México. A medida foi criticada por grupos ambientalistas.

O presidente democrata quebra mais uma vez a sua promessa de campanha de não autorizar novas perfurações de combustíveis fósseis em territórios federais dos Estados Unidos.

Grande estrutura metálica da torre de perfuração
Torre de perfuração na plataforma de petróleo Thunder Horse da BP, no Golfo do México, a 240 km da costa da Louisiana (EUA) - Jessica Resnick-Ault - 11.mai.2017/Reuters

A decisão também foi criticada pela indústria de petróleo e gás, uma vez o número de autorizações é inferior ao previsto pelo governo de Donald Trump.

Serão licenças para três zonas de perfuração, quantidade que é a mais baixa da história, segundo o governo.

Segundo o Departamento do Interior, órgão que administra as terras federais, o Estado é obrigado por lei a abrir licenças de exploração de petróleo para autorizar mais projetos de energia eólica.

Neste ano, o governo de Joe Biden limitou novas explorações de petróleo e gás em uma enorme área do norte do Alasca para combater a crise climática, cinco meses depois de ter aprovado um projeto de petróleo e gás na mesma região.

Exploração de petróleo no Alasca
Projeto Willow, aprovado pelo governo dos EUA, vai ficar na Encosta Norte do Alasca, onde a petroleira ConocoPhillips já explora combustíveis fósseis; na imagem, posto de extração no campo Alpine - ConocoPhillips - 17.abr.2015/Divulgação

Nesta semana, o Reino Unido autorizou o avanço de um de seus maiores novos projetos para a exploração de petróleo e gás em anos, o campo de Rosebank, no Mar do Norte. O governo do primeiro-ministro Rishi Sunak disse que a segurança energética é a prioridade do país. Ambientalistas reagiram com protestos.

O anúncio britânico foi feito pouco dias depois que Sunak enfraqueceu as metas climáticas do país.

Também nesta semana, a AIE (Agência Internacional de Energia) divulgou relatório apontando que a demanda por combustíveis fósseis precisa cair um quarto até o final desta década se os governos desejarem limitar o aquecimento global em 1,5°C acima do patamar do período pré-industrial, meta estabelecida no Acordo de Paris.

Carvão, petróleo e gás natural precisarão ser substituídos por energia limpa em um ritmo acelerado para manter o mundo no caminho de zerar as emissões líquidas de gases-estufa até 2050, afirmou também a agência.

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