Os Estados Unidos, segundo maior emissor mundial de gases de efeito estufa, estão vivendo o inverno mais quente já registrado no país, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (8).
A média de temperatura durante o inverno nos 48 estados do território continental dos EUA de dezembro a fevereiro foi de 3,1°C, ou seja, 3°C acima da média, "tornando-se o inverno mais quente já registrado", afirmou a Noaa (agência atmosférica e oceânica americana).
Oito estados da região superior do Meio-Oeste, dos Grandes Lagos e do nordeste viveram o inverno mais quente já registrado, enquanto as temperaturas no Golfo do México ficaram perto da média.
O "calor persistente" provocou uma "diminuição contínua da camada de gelo" nos Grandes Lagos, no norte dos EUA, atingindo o nível mais baixo da história em fevereiro, destacou a Noaa.
No Texas, o incêndio chamado Smokehouse Creek, considerado o maior da história deste estado do sul e que se estendeu até o oeste de Oklahoma, começou em fevereiro e destruiu mais de 430 mil hectares.
Outros eventos importantes incluíram padrões atmosféricos incomuns que trouxeram chuvas fortes e nevascas em algumas partes do oeste e causaram fortes ventos, inundações, deslizamentos e cortes de energia em algumas regiões da Califórnia.
"A cidade de Los Angeles recebeu mais de 300 mm de chuvas em fevereiro, aproximadamente três vezes mais que a média, tornando-se o mês de fevereiro mais chuvoso em décadas na cidade", acrescentou o comunicado.
Em seu discurso do Estado da União, na noite de quinta-feira (7), o presidente Joe Biden referiu-se ao aquecimento global como uma "crise climática".
"Vejo um futuro em que salvamos o planeta da crise climática", disse, ao mencionar que, em sua gestão, assinou uma lei relacionada à infraestrutura climática.
O mês passado foi classificado como o terceiro fevereiro mais quente dos Estados Unidos em 130 anos, desde o início dos registros, informou a Noaa.
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