O vírus da gripe aviária foi detectado pela primeira vez em pinguins e corvos-marinhos na Antártida, anunciaram pesquisadores chilenos na terça-feira (12).
"Pela primeira vez, foram detectados casos positivos em pinguins-de-adélia e em corvos-marinhos antárticos, um marco na pesquisa sobre a saúde da vida selvagem neste território", disse o Instituto Milênio Biodiversidade de Ecossistemas Antárticos e Subantárticos do Chile.
No total, foram detectados nove casos do vírus H5N1, após o estudo de 13 locais de reprodução situados na península antártica e na costa ocidental do chamado continente branco.
A gripe aviária é fatal para as aves e não tem cura. A alta mortalidade observada em mandriões alertou os cientistas, que confirmaram o vírus na costa antártica.
O H5N1 foi detectado pela primeira vez na Antártida em outubro passado, ocasião em que o vírus foi confirmado em mandriões pela organização BAS (British Antarctic Survey), à qual estão vinculados pesquisadores britânicos que atuam na região.
Em 2023, a gripe aviária matou cerca de 1.300 pinguins-de-humboldt, ou cerca de 10% da população dessa ave no Chile, segundo o Sernapesca (Serviço Nacional de Pesca). Além disso, a doença afetou meia centena de espécies. Um homem de 53 anos também se infectou e ficou internado em estado grave por quase três meses.
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