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13/08/2010 - 13h15

Meias antibióticas podem estimular emissões de gases-estufa

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DA NEW SCIENTIST

Partículas antibióticas usadas em vários produtos podem ter um impacto maior no ambiente do que imaginado, incluindo o aumento em níveis de gases-estufa.

Nanopartículas de prata são usadas como agente bactericida em uma gama de produtos, desde meias sem cheiro a bandagens curativas. Mas elas podem desembocar em águas de esgoto, reduzindo a atividade de bactérias usadas para remover amônia quando a água é tratada e de outras bactérias úteis.

SXC
Meias com nanopartículas de prata, que possuem efeito bactericida, podem aumentar a emissão de gases-estufa
Meias com nanopartículas de prata, que possuem efeito bactericida, podem aumentar a emissão de gases-estufa

Até agora a maior parte da pesquisa sobre o impacto ambiental de nanopartículas foi conduzida com poucas espécies de micróbios ou plantas em laboratório. Para avaliar seu impacto em um cenário mais realista, Benjamin Colman, químico da Universidade Duke, em Durham, Carolina do Norte, e colegas adicionaram uma alta dose de nanopartículas - 1,25 miligrama por grama de água - sobre micróbios em uma corrente de água e amostra de solo dentro do laboratório.

Eles também montaram duas banheiras com plantas fora do laboratório. Sedimentos tratados - sem a presença de nanopartículas - foram adicionados nas duas banheiras. Uma das banheiras também recebeu uma dose com 55 microgramas de nanopartículas de prata por grama de sedimento, uma concentração semelhante às encontradas em águas de esgoto.

Dois meses depois, a população de micróbios na banheira contendo prata caiu significativamente em relação à amostra do laboratório, medida após uma semana. Além disso, a atividade de enzimas usadas pelas bactérias para quebrar matéria orgânica estava 34% menor na banheira com nanopartículas que na banheira sem nanopartículas.

Dado que a banheira com nanopartículas continham uma concentração muito menor de prata que as amostras do laboratório, a queda em sua atividade microbiana é tão grande que sugere que amostras de laboratório não são um guia adequado para o comportamento no mundo real, disse Colman.

A equipe também usou um cromatógrafo a gás para medir os gases produzidos pelos micróbios. Descobriram que o nível de óxido nitroso, um gás-estufa, emitido pela banheira contendo nanopartículas era quatro vezes maior do que na banheira sem nanopartículas. O óxido nitroso também pode danificar a camada de ozônio caso chegue à estratosfera.

Colman apresentou os resultado no encontro anual da Sociedade Ecológica da América em Pittsburgh, Pensilvânia, na semana passada.

 

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