Macron não tem conhecimento do que está passando aqui, diz Mourão
À Folha, general afirma que até o momento não preocupa convocação feita por francês a países do G7
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Na primeira manifestação do governo brasileiro, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o presidente da França, Emmanuel Macron, não tem conhecimento do que vem ocorrendo no Brasil.
Nesta quinta-feira (22), a autoridade francesa convocou, por meio das redes sociais, os países membros do G7 a discutirem a série de queimadas na floresta amazônica e classificou os incêndios criminosos de uma crise internacional.
Em conversa com a Folha, o general da reserva disse que o movimento capitaneado pela França não preocupa "por enquanto" e disse que é necessário esclarecer, com "dados corretos", o que tem ocorrido no Brasil.
"Já houve declarações do próprio presidente. Agora, tem de haver esclarecimento. O Macron não tem conhecimento do que está passando aqui, né. E essa questão das queimadas ocorrem em todo o período seco. Normalmente, ocorrem junto das cidades, junto de Manaus, Porto velho, Rio Branco. Áreas meio degradadas", ressaltou.
O militar ressaltou que é necessário desmistificar as versões divulgadas sobre o assunto e ressaltou, ao se referir ao presidente francês, que ninguém faz algo por meio das redes sociais.
"Vamos ver o que eles vão dizer", disse. "Por enquanto, não [preocupa]. Ninguém faz isso por Twitter", disse.
O Palácio do Planalto tem minimizado desde a tarde o chamado de Macron e o chamado de uma "ameaça sem sentido". A aposta do entorno do presidente é de que, mesmo que o assunto seja levado, o Brasil terá o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como aliado para barrar qualquer possibilidade de retaliação ao Brasil.
Além de chamar a atenção para um incêndio sem precedentes que devasta diferentes pontos da Amazônia há vários dias, o governo francês também anunciou que vai desembolsar 9 milhões de euros em um programa de preservação ambiental específico para a Amazônia.
Nesse mês, Alemanha e Noruega suspenderam os repasses que faziam ao Fundo Amazônia (que financiava ações de preservação) por causa do aumento do desmatamento na floresta.
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