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Revogaremos atos e decretos com retrocessos ambientais, diz Tebet

Em evento da indústria, presidenciável propõe punir grileiros e madeireiros ilegais e subsidiar energia limpa no Brasil

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Brasília

"Muitos falam em combustível fóssil e poucos cobram da Petrobras uma política de energia renovável", afirmou a senadora Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata à Presidência da República. "Vamos subsidiar a energia limpa no Brasil", propôs.

A pré-candidata foi a primeira a discursar na manhã desta quarta-feira (29) em encontro da CNI (Confederação Nacional da Indústria) com presidenciáveis, que à tarde deve receber o presidente Jair Bolsonaro (PL). O pré-candidato Ciro Gomes (PDT) participa pela internet.

Tebet acenou às propostas da CNI e defendeu a flexibilização do licenciamento ambiental. "A gente precisa ter coragem de dizer quais são as atividades de risco e quais não são. Menos discricionariedades na hora de o fiscal aplicar uma multa, não ter tanta insegurança jurídica", disse.

Simone Tebet, pré-candidata à Presidência pelo MDB, em evento em Brasília em maio deste ano - Adriano Machado - 25.mai.2022/Reuters

Questionada pela Folha sobre a desregulamentação de normas ambientais no governo atual, Tebet defendeu que elas voltem a vigorar. "Venho do agro, mas fiz mestrado em urbanística ambiental", disse.

"Estaremos revogando todos os decretos ou atos normativos que representam retrocessos ambientais", afirmou. "Não é para punir o agro que é sustentável, mas temos que ser rigorosos com aqueles poucos que denigrem a imagem do agro."

Para Tebet, "não somos pária internacional". "O setor produtivo está preocupado, sim, seja na questão da energia renovável, seja na economia circular. [Temos que] mostrar a diferença entre meia dúzia de grileiros e desmatadores ilegais e o grande agronegócio que faz o dever de casa", ela sustentou ainda no seu discurso de abertura.

"[Vamos] colocar o Brasil no centro da geopolítica mundial. Porque temos o que o mundo não tem: a floresta amazônica", disse, citando que fundos internacionais privados de mais de US$ 40 trilhões cobram duas condições para investir em um país: economia verde e estabilidade institucional.

A pré-candidata defendeu que o país deve zerar o desmatamento ilegal e cumprir o Acordo de Paris de mudanças climáticas, transitando para uma economia de baixo carbono. Ela também acenou à proposta da CNI de regulamentação do mercado de carbono.

Questionada pelo presidente da Fiero (Federação das Indústrias do Estado de Rondônia), Marcelo Thomé, sobre suas propostas para as fontes renováveis de energia, Tebet defendeu um plano nacional de transição energética baseado em fontes de biomassa, solar e eólica.

"Hoje temos insegurança energética, tendo a possibilidade de diversificar. A agroindústria pode ter subsídios para biomassa", afirmou. "Temos hoje uma das energias mais limpas do mundo, mas ela ainda é cara, e ainda não é segura o suficiente, dependendo das nossas chuvas e secas."

O projeto Planeta em Transe é apoiado pela Open Society Foundations.

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