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Descrição de chapéu The New York Times

Primeiro caso letal de gripe aviária em ursos-polares é relatado no Alasca

Forma mais perigosa do vírus foi encontrado em carcaça da espécie, que é ameaçada de extinção

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The New York Times

Uma forma altamente letal de gripe aviária que tem se espalhado pelo mundo agora foi detectada em um urso-polar morto no Alasca. É o primeiro caso conhecido em animais árticos, que estão listados como ameaçados de extinção pela Lei de Espécies Ameaçadas dos Estados Unidos.

O urso-polar infectado fornece mais evidências de quão disseminado se tornou esse vírus, uma forma altamente patogênica de H5N1, e quão sem precedentes tem sido seu comportamento. Desde que o vírus surgiu em 2020, ele se espalhou para todos os continentes, exceto a Austrália. Também infectou uma variedade incomumente ampla de aves e mamíferos selvagens, incluindo raposas, gambás, pumas e leões-marinhos.

"O número relatado de mamíferos com infecções continua a crescer", disse Bob Gerlach, veterinário estadual do Alasca, responsável pelo controle epidemiológico local.

Ursa-polar e dois filhotes são vistos na costa do Mar Beaufort, no Refúgio Nacional de Vida Silvestre do Ártico, no Alasca, Estados Unidos - U.S. Fish and Wildlife Service - 21.dez.2005/Reuters

Na maioria dos casos, o vírus não causou mortes em massa nas populações de mamíferos selvagens (com a notável exceção dos leões-marinhos sul-americanos). Mas representa uma nova ameaça para o já vulnerável urso-polar, que está ameaçado pelas mudanças climáticas e pela perda de gelo marinho.

"A preocupação é que não sabemos a extensão geral do que o vírus pode fazer na espécie do urso-polar", afirmou Gerlach.

O urso-polar foi encontrado morto no outono passado no extremo norte do Alasca, perto da cidade de Utqiagvik. Amostras de fluidos coletados do animal inicialmente testaram negativo para o vírus.

Porém, de acordo com Gerlach, quando os especialistas fizeram uma investigação mais abrangente, realizando uma necropsia e coletando amostras de tecido do urso, encontraram sinais claros de inflamação e doença.

No mês passado, as amostras de tecido deram resultado positivo para o vírus, de acordo com o Departamento de Conservação Ambiental do Alasca. O vírus foi identificado em vários órgãos, contou Gerlach. "Acho que seria seguro dizer que ele morreu do vírus", disse.

O Alasca já relatou infecções em um urso-pardo e um urso-negro, além de várias raposas-vermelhas.

Não está claro como o urso-polar contraiu o vírus, mas há relatos de aves doentes na área. Segundo Gerlach, o urso pode ter sido infectado após comer um pássaro morto ou doente.

Urso-polar é atacado por andorinha-do-ártico que tenta defender seu ninho, perto de Churchill, Canadá - Olivier Morin - 4.ago.2022/AFP

E os cientistas não sabem se esse caso é isolado ou se existem outros ursos-polares infectados que não foram detectados. Pode ser difícil monitorar o vírus em populações de animais selvagens, especialmente aqueles que vivem em lugares tão remotos quanto o norte do Alasca. "Como você sabe quantos estão afetados?" disse Gerlach. "Realmente não sabemos."

Cientistas locais, autoridades e outros especialistas continuarão procurando sinais do vírus em animais selvagens, incluindo ursos-polares que aparecem mortos ou parecem doentes, disse Gerlach.

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