Japão libera caça de baleias-comuns e pede extradição de ativista preso na Groenlândia
Ampliação da lista de cetáceos que podem ser pescados foi criticada pela Austrália
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O Japão estendeu a caça comercial de baleias às baleias-comuns, os segundos maiores mamíferos do planeta, uma decisão que foi amplamente criticada pelo governo australiano nesta quinta-feira (1º).
Ao lado de Noruega e Islândia, o Japão é um dos três países do mundo que seguem praticando a caça comercial de baleias. Entre os cetáceos que o Executivo já autorizava a caçar estavam a baleia-de-minke, baleia-de-bryde e a baleia-sei.
A principal justificativa é que há baleias-comuns (também chamadas de baleias-fin) o suficiente para a atividade, disse responsável pela agência de pesca à agência AFP, em referência ao programa que autoriza caçar 59 animais este ano.
A União Internacional para a Conservação da Natureza considera as baleias-comuns como vulneráveis, e a decisão do Japão, oficializada na quarta-feira, alarmou os defensores de direitos dos animais.
A Austrália está "profundamente decepcionada", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Tanya Plibersek, em comunicado nesta quinta.
O anúncio das autoridades japonesas ocorre pouco depois da prisão, em 21 de julho, de Paul Watson, ativista mais conhecido mundialmente contra a caça de baleias.
O militante canadense-americano, fundador do grupo Sea Shepherd, foi preso em 21 de julho na Groenlândia, território autônomo da Dinamarca, por ordem de prisão internacional emitida pelo Japão.
O Ministério da Justiça dinamarquês indicou nesta quinta-feira que Tóquio havia pedido oficialmente sua extradição.
A caça de baleias foi praticada durante séculos no Japão, onde a carne dos cetáceos foi uma importante fonte de proteínas para a população após a Segunda Guerra Mundial.
Após moratória da Comissão Baleeira Internacional sobre a caça comercial, o país seguiu matando esses animais para fins "científicos", segundo Tóquio.
O Japão se retirou da comissão em 2019, para se ver livre da moratória, e retomou a caça comercial de baleias em suas águas territoriais e em sua Zona Econômica Exclusiva. Em 2023, matou 294 baleias.
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