Rebeca Andrade vira maior medalhista mulher do Brasil em Olimpíadas

Ginasta conquista seu quarto pódio e, qualitativamente, está atrás só dos velejadores Scheidt e Torben e de Serginho, do vôlei

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São Paulo

A prata no individual geral em Paris-2024 faz da ginasta Rebeca Andrade, 25, a mulher brasileira com mais medalhas em Jogos Olímpicos.

Ela chegou ao seu quarto pódio olímpico e ultrapassou Hélia de Souza, a Fofão, do vôlei (um ouro e dois bronzes), e Mayra Aguiar, do judô (três bronzes).

Além disso, qualitativamente, Rebeca se torna a quarta maior medalhista da história olímpica do Brasil.

A ginasta Rebeca Andrade sorri ao abraçar seu treinador, que está de costas, depois de se apresentar nas barras paralelas assimétricas na final do individual geral em Paris-2024
A ginasta Rebeca Andrade abraça treinador depois de se apresentar nas barras paralelas assimétricas na final do individual geral em Paris-2024 - Loic Venace - 1º.ago.2024/AFP

Com um ouro, duas pratas e um bronze, a paulista igualou-se ao canoísta baiano Isaquias Queiroz, também presente a estas Olimpíadas (ainda competirá, em duas provas), que tem essas mesmas medalhas, obtidas no Rio-2016 (duas pratas, um bronze) e em Tóquio-2020 (ouro).

As conquistas de Rebeca aconteceram agora —a prata desta quinta-feira (1º) no conjunto dos quatro aparelhos mais o bronze por equipes– e em Tóquio, nos Jogos realizados em 2021 devido à pandemia de coronavírus.

Na Ásia, ela foi campeã no salto sobre a mesa e ficou em segundo lugar no individual geral, atrás da norte-americana Sunisa Lee, bronze em Paris-2024.

Desta vez, outra ginasta dos EUA, a fenomenal Simone Biles, foi quem superou a brasileira no individual geral (disputa em que a atleta se apresenta no solo, no salto, nas barras e na trave).

Rebeca, agora, fica atrás entre os maiores nomes brasileiros em Olimpíadas apenas dos velejadores Robert Scheidt (cinco medalhas; dois ouros, duas pratas, um bronze) e Torben Grael (cinco medalhas; dois ouros, uma prata, dois bronzes) e de Serginho (Escadinha), do vôlei, que tem em sua coleção quatro láureas (dois ouros, duas pratas).

No quantitativo (total de medalhas, independentemente da cor), Rebeca, com quatro, só perde para Scheidt e Torben (cinco cada um) e está empatada com Serginho, Isaquias e Gustavo Borges (natação).

Considerando-se só as conquistas em provas individuais, Rebeca, com três medalhas olímpicas (duas no individual geral e uma no salto), iguala-se a Isaquias (três pódios, todos na canoa C1), Scheidt (três pódios na classe laser), Gustavo Borges (três pódios; dois nos 100 m livre, um nos 200 m livre) e à judoca Mayra Aguiar (três pódios, até 78 kg).

Rebeca ainda terá, nesta edição dos Jogos, mais três chances de obter medalhas. É finalista na trave, no salto e no solo.

Competirá pela façanha de se transformar no maior esportista brasileiro (homem ou mulher) da história olímpica.

E, por ela, chegará lá. "Eu quero estar no pódio. Mas o resultado é consequência. Preciso fazer minha parte primeiro", disse depois da prata na Arena Bercy

MAIORES MEDALHISTAS DO BRASIL EM OLIMPÍADAS

  1. Robert Scheidt, vela (5) - 2 ouros, 2 pratas, 1 bronze
  2. Torben Grael, vela (5) - 2 ouros, 1 prata, 2 bronzes
  3. Serginho, vôlei (4) - 2 ouros, 2 pratas
  4. Isaquias Queiroz, canoagem velocidade, e Rebeca Andrade, ginástica artística (4) - 1 ouro, 2 pratas, 1 bronze
  5. Gustavo Borges, natação (4) - 2 pratas, 2 bronzes
  6. Marcelo Ferreira, vela (3) - 2 ouros, 1 bronze
  7. Bruninho, Giba, Dante e Rodrigão, vôlei (3) - 1 ouro, 2 pratas
  8. Emanuel e Ricardo, vôlei de praia (3) - 1 ouro, 1 prata, 1 bronze
  9. Cesar Cielo, natação, Rodrigo Pessoa, hipismo, e Fofão, vôlei (3) - 1 ouro, 2 bronzes
  10. Mayra Aguiar, judô (3) - 3 bronzes
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