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Pantanal pode deixar de existir até fim do século, diz Marina Silva

Citando cientista, ministra afirma que condições de estiagem e alta evaporação podem destruir a maior planície alagável do mundo

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Reuters

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (4) que o pantanal, santuário de biodiversidade, pode desaparecer até o fim do século, caso sejam mantidas as atuais tendências das condições climáticas.

A ministra participou mais cedo nesta quarta-feira de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado, ocasião em que fez um apelo ao Congresso para que crie um marco regulatório de emergência climática.

"Segundo os pesquisadores, se continuar o mesmo fenômeno em relação ao pantanal, o diagnóstico é de que poderemos perder o pantanal até o fim deste século", disse a ministra na audiência, segundo a Agência Senado.

Tamanduá-bandeira em área devastada pelo fogo em fazenda na região de Miranda (MS), no pantanal - Folhapress

"Isso tem um nome: baixa precipitação, alto processo de evapotranspiração, não conseguindo alcançar a cota de cheia, nem dos rios nem da planície alagada. E, portanto, a cada ano se vai perdendo cobertura vegetal. Seja em função de desmatamento ou de queimadas. Você prejudica toda a bacia e assim, segundo eles, até o final do século nós poderemos perder a maior planície alagada do planeta."

O Brasil enfrenta um período de seca e queimadas em boa parte do país. De acordo com a agência, Marina afirmou que os processos de seca estão se tornando cada vez mais intensos, mais severos e frequentes.

A ministra avaliou ainda que as ações do atual governo para reduzir o desmatamento em 2023 e 2024 evitou que a situação estivesse "incomparavelmente pior".

"Nós estamos vivendo sob um novo normal que vai exigir do poder público capacidade de dar resposta que nem sabemos como vão se desdobrar daqui para a frente... Somos cobrados para que se faça investimento que são retro alimentadores do fogo", afirmou Marina na comissão.

Mais tarde, em entrevista à GloboNews, a ministra alertou que o planeta está no "limiar" do que cientistas chamam de ponto de não retorno, estado em que os danos já não são mais reversíveis.

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