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Pinguins reabilitados são devolvidos ao mar no Rio de Janeiro; veja vídeo

Animais encalhados no litoral fluminense receberam tratamento veterinário antes de serem soltos

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Rio de Janeiro

Dezenove pinguins da espécie Magalhães que tinham encalhado na costa norte do Rio de Janeiro nos últimos dois meses, foram devolvidos ao mar na sexta-feira (30). Eles estavam debilitados e passaram por tratamento veterinário, antes de serem reintroduzidos na natureza.

Os animais foram soltos a 84 km da costa fluminense, em uma corrente oceânica quente do Atlântico Sul, em direção às colônias reprodutivas da espécie, na região da Patagônia, no Chile e na Argentina.

Imagem colorida mostra duas mãos brancas segurando um pinguim momento antes de o animal ser colocado na água; ao fundo, há o oceano
Pinguim-de-Magalhães é solto no mar, a 84 km da costa brasileira, em direção às colônias reprodutivas da espécie na região da Patagônia Chilena e Argentina - Fabiano Veneza/Divulgação/SEAS-RJ

A ação foi feita pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente), em parceria com a Marinha do Brasil, Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Instituto BW, um centro de recuperação de animais silvestres localizado na cidade de Araruama, na região dos Lagos. Ao todo, a operação mobilizou 42 profissionais, entre civis e militares.

O Grupamento de Navios Hidroceanográficos da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha foi o responsável pelo transporte seguro em alto mar dos animais. A embarcação para a missão foi o Navio AvPq Aspirante Moura (U-14) da Marinha, construído no ano de 1987.

A localização exata do local da soltura foi realizada em parceria com o Inpe, que já auxiliou outras instituições neste mesmo procedimento.

A maioria dos pinguins liberados eram fêmeas, e todos eram jovens, nascidos ainda este ano. Os animais foram recolhidos pelo Projeto de Monitoramento de Praias, da Petrobras.

Imagem colorida mostra um pinguim no colo de um homem branco, de cabelos pretos e usando óculos; há uma mulher de pé na frente do homem com o pinguim, ela te cabelos pretos curtos e usa óculos de armação vermelha
Os pinguins foram alimentados antes de serem soltos no mar - Fabiano Veneza/Divulgação/SEAS-RJ

De acordo com o Inea, os pinguins estavam debilitados, hipotérmicos, com parasitas e apresentando patologias pulmonares. Assim que os animais foram resgatados, receberam cuidados de hidratação, aquecimento e medicação, além de exames laboratoriais e de imagem. Mesmo com o tratamento, alguns não conseguiram sobreviver.

"Acompanhamos todo o processo de reabilitação, desde o seu recebimento até a soltura destes animais que são tão preciosos para a biodiversidade marinha", disse gerente de Fauna do Inea, Cleber Ferreira. "Estes animais agora têm maior chance de um futuro seguro", completou.

A presença de pinguins nas praias do sul e sudeste brasileiro é um fenômeno natural e migratório que ocorre durante o inverno. Estudos arqueológicos de sambaquis ao longo da costa do Brasil revelam que eles vêm para a costa brasileira há séculos, antes da colonização portuguesa.

Sobre a espécie

As fêmeas dos pinguins-de-Magalhães colocam dois ovos entre outubro e novembro, sendo que a maioria deles se desenvolve entre meados de novembro e início de dezembro. Depois do nascimento, os pais revezam-se na alimentação dos filhotes durante três a quatro semanas.

Após um mês, os pais vão juntos em busca de alimentos, enquanto os filhotes são deixados sozinhos, começando a formação de grupos de filhotes próximos aos ninhos e sem a presença dos pais.

Os pinguins jovens vão p ara o mar com aproximadamente três meses de idade, permanecendo nele durante cinco anos e indo para o continente apenas para fazer a troca de penas. Após esse grande período ao mar, eles voltam para suas colônias para iniciar seu ciclo reprodutivo.

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