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Pesquisadores encontram vértebra de titanossauro no interior de SP

Os bichos, herbívoros, tinham pescoço alongado, eram quadrupedes e mediam até 20 m de comprimento

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São José do Rio Preto

Uma caçada a fósseis de dinossauros resultou em mais uma descoberta no interior de São Paulo. Uma vértebra da cauda de um titanossauro, uma das maiores espécies que habitou o Brasil, foi encontrada em Uchoa, a 420 quilômetros de São Paulo.

O fóssil tem 20 centímetros e pesa cerca de dois quilos. Os titanossauros viveram, no interior paulista, no período cretáceo –período que se estende de 140 milhões de anos a 66 milhões de anos atrás.

Os titanossauros eram herbívoros, tinham pescoço alonga do, eram quadrupedes, mediam de 12 a 20 metros de comprimento e tinham cerca de seis metros de altura. Eles andavam sobre quatro patas e pesavam até 12 toneladas.

Estima-se que o fóssil encontrado seja de 80 milhões de anos atrás, poucos milhões de anos antes da grande extinção dos dinossauros.

Paleontólogos encontram vértebra de titanossauro no interior de SP Vértebra de titanossauro, com cerca de dois quilos, será exposta em museu de Uchoa - Museu de Paleontologia Pedro Candolo/Divulgação

A descoberta foi feita no dia 5 de outubro durante um trabalho de buscas que é realizado aos finais de semana, duas vezes ao mês, pela equipe do Museu de Paleontologia Pedro Candolo, de Uchoa. 
O fóssil estava em um barranco de uma grota, na área rural da cidade. O ponto já era mapeado pelos paleontólogos e buscas frequentes são feita no local.

“Sabíamos que nessa área poderíamos encontrar algo, pois ali é um lugar que possui a rocha da época aflorando”, diz Leonardo Silva Pachoa, biólogo e administrador do museu.

Após a localização do fóssil, o paleontólogo Fabiano Vidoi Iori foi chamado para fazer a identificação do material antes de ele ser retirado por completo.

Concepção artística do um titanossauro - Reprodução

No dia seguinte à descoberta a equipe voltou até o local e com martelos e talhadeiras retiraram a camada de arenito que cobria o fóssil e fizeram a retirada do material.

“Só tivemos a certeza que se tratava de um fóssil após remover por completo a matriz rochosa que o envolvia. Para classificar um osso fossilizado fazemos a análise da morfologia [formato e medidas] do determinado osso e comparamos com materiais já descritos”, explica o paleontólogo Fabiano Vidoi Iodi.

Pelas características da vértebra encontrada, o administrador do museu acredita que pertencia a um dinossauro com dez metros de comprimento e peso de dez toneladas.

O osso foi levado ao museu e está em fase de preparação e estudo para ser tombado. Ele já foi integrado ao acervo de 600 fósseis e pode ser visto pelos visitantes.

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