Cientistas argentinos descobrem fóssil do maior dinossauro raptor
Megarraptor tinha entre 9 e 10 metros de comprimento e viveu há cerca de 70 milhões de anos
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Uma equipe de paleontólogos argentinos que escavavam na Patagônia descobriu os restos do maior dinossauro pertencente à família das aves de rapina já registrado.
O dinossauro, uma nova espécie chamada Maip macrothorax", tinha entre 9 e 10 metros de comprimento, enquanto outros "megarraptores" não tinham mais de nove metros, segundo Mauro Aranciaga Rolando, um dos cientistas que participaram da descoberta.
"Esse animal é de um tamanho muito grande e conseguimos recuperar muitos restos mortais", disse Aranciaga Rolando à Reuters na última quarta-feira (27), quando os fósseis foram exibidos no Museu Argentino de Ciências Naturais Bernardino Rivadavia, em Buenos Aires.
Os fósseis foram descobertos em março de 2019 na província de Santa Cruz, dias antes da aplicação das rígidas restrições da pandemia de Covid-19, disse o Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica, do qual fazem parte os especialistas que encontraram o dinossauro.
Dois cientistas japoneses também participaram da expedição argentina.
Devido à pandemia, os paleontólogos inicialmente tiveram que distribuir os fósseis entre eles e analisá-los em casa.
Acredita-se que o dinossauro carnívoro tenha habitado o que hoje é o extremo sul da Argentina há 70 milhões de anos, durante o período Cretáceo.
Os megarraptores eram animais com um esqueleto ágil, uma cauda longa que lhes permitia manobrar e se equilibrar, pescoço comprido e crânio alongado, com mais de 60 dentes pequenos, disse Aranciaga Rolando, que explicou que os membros pontiagudos do "Maip" eram a arma mais perigosa do animal.
Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves
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